domingo, 11 de agosto de 2019

PAI



Por Vanessa Sene Cardoso
Foto: Eduardo Sene Cardoso


Datas comemorativas, por mais que tenham um apelo comercial, acabam servindo para reflexão. Talvez porque o tema esteja estampado por todo lado: internet, TV, impressos, outdoors, vitrines. O comércio quer vender. Mas na correria do dia a dia, muitas vezes, não paramos para pensar. E, pelo menos, a data comemorativa, ainda que seja uma tradição, atrai a nossa tão concorrida atenção, mesmo que por pouco tempo.

É comum a gente ouvir: todo dia é dia dos pais. Concordo. Mas, sabendo disso, quem de nós comemora? Esse reconhecimento é feito por meio do respeito, do carinho, do relacionamento diário. Ótimo. É o que deve ser. Mas acho válido separar um dia para homenagear e presentear nossos pais.

Bom, quero falar do meu pai. Primeiramente, ele é PAI. Não é clichê e não digo isso por ser dia dos pais. Ele sabe o que significa para mim. Foi olhando para o meu pai, Samuel, que eu pude conhecer Deus, o meu Pai. Esse é o maior tesouro que recebi na minha vida, e é para a eternidade.

Quando a paternidade é exercida, mesmo que de forma imperfeita, ela produz equilíbrio na vida de um filho. Ele percebe, por meio da presença, das palavras, dos gestos, dos limites, do amor, das falhas, o senso de pertencimento. E é assim que me sinto. Sou filha amada do meu pai Samuel e do meu Pai Eterno. Na verdade sou filha e, ao mesmo tempo, irmã do meu pai. Só Deus mesmo para fazer uma coisa dessas. E melhor, nunca vamos nos separar.

Escrevo essas palavras para expressar, de forma pública, o que ele já sabe no privado, o amor, o respeito, a admiração, o reconhecimento e a honra ao meu pai.

Vou parando por aqui, pois nenhuma palavra é capaz de expressar o que o meu pai representa para mim.

Amo você para sempre, PAI.



A foto abaixo é do lançamento do meu primeiro livro. Meu pai sempre foi meu maior incentivador para escrever.