Por Vanessa Sene Cardoso
Foto: Eduardo Sene Cardoso
Datas comemorativas, por mais que
tenham um apelo comercial, acabam servindo para reflexão. Talvez porque o tema esteja
estampado por todo lado: internet, TV, impressos, outdoors, vitrines. O
comércio quer vender. Mas na correria do dia a dia, muitas vezes, não paramos
para pensar. E, pelo menos, a data comemorativa, ainda que seja uma tradição, atrai
a nossa tão concorrida atenção, mesmo que por pouco tempo.
É comum a gente ouvir: todo dia é
dia dos pais. Concordo. Mas, sabendo disso, quem de nós comemora? Esse
reconhecimento é feito por meio do respeito, do carinho, do relacionamento diário.
Ótimo. É o que deve ser. Mas acho válido separar um dia para homenagear e
presentear nossos pais.
Bom, quero falar do meu pai.
Primeiramente, ele é PAI. Não é clichê e não digo isso por ser dia dos pais.
Ele sabe o que significa para mim. Foi olhando para o meu pai, Samuel, que eu
pude conhecer Deus, o meu Pai. Esse é o maior tesouro que recebi na minha vida,
e é para a eternidade.
Quando a paternidade é exercida,
mesmo que de forma imperfeita, ela produz equilíbrio na vida de um filho. Ele
percebe, por meio da presença, das palavras, dos gestos, dos limites, do amor,
das falhas, o senso de pertencimento. E é assim que me sinto. Sou filha amada
do meu pai Samuel e do meu Pai Eterno. Na verdade sou filha e, ao mesmo tempo,
irmã do meu pai. Só Deus mesmo para fazer uma coisa dessas. E melhor, nunca
vamos nos separar.
Escrevo essas palavras para
expressar, de forma pública, o que ele já sabe no privado, o amor, o respeito,
a admiração, o reconhecimento e a honra ao meu pai.
Vou parando por aqui, pois
nenhuma palavra é capaz de expressar o que o meu pai representa para mim.
Amo você para sempre, PAI.
A foto abaixo é do lançamento do meu primeiro livro. Meu pai sempre foi meu maior incentivador para escrever.