Por Vanessa Sene Cardoso
A expressão que intitula este artigo é traduzida do latim, e supostamente atribuída ao imperador romano Júlio César. Mas, hoje, o assunto não é história nem etimologia. Quero fazer um recorte do contexto, e emprestar essa sentença para uma reflexão sobre coragem.
O ser humano, de maneira geral, é competitivo. Nos dias atuais, especialmente na cultura ocidental, somos estimulados à concorrência. Temos ranking disso, ranking daquilo. Todo segmento tem seus critérios e formal ou informalmente entramos em alguma classificação. Para quem gosta de disputa, e é movido por ela, os esforços são sempre direcionados para alcançar o topo. A competição é saudável e tem seu lado pedagógico, desde que haja equilíbrio.
Muitas vezes, somos movidos pela
competitividade a um ponto extremo, e nosso humor oscila dependendo do lugar que
ocupamos ou deixamos de ocupar no pódio. Não somos treinados para lidar
com o fracasso. E isso traz dor e desânimo para muita gente. É lógico que
perder não é bom, é natural ter um sentimento negativo nessa condição. O
problema é se deixar derrotar por ela.
Você já experimentou competir com você mesmo? A coisa muda um pouco de figura, pois quando nosso concorrente somos nós mesmos, a motivação vem de dentro, é intrínseca, nos impulsiona (vim); encaramos o desafio (vi); e, como consequência, avançamos (venci). Vencer não significa alcançar todos os nossos objetivos sempre. Um dos significados desse verbo é terminar. “Percorrer um caminho por inteiro”, de acordo com o dicionário Michaelis.
Medo e insegurança fazem parte da jornada e isso não significa falta de coragem. A coragem está na disposição de encarar e enfrentar o desafio, mesmo que a conclusão não seja a pretendida. Aprender é vencer!
Como é bom saber que o Espírito Santo de Deus nos guia e nos dá coragem durante a jornada. Eu o instruirei e lhe ensinarei o caminho que você deve seguir; e, sob as minhas vistas, lhe darei conselho(Salmos 32.8 – NAA).