domingo, 31 de dezembro de 2023

De 2024 até a eternidade


Por Vanessa Sene Cardoso

O novo ano está chegando e com ele as expectativas de dias melhores, projetos a serem colocados em prática, sonhos realizados em diferentes áreas de nossa vida. As mensagens de FELIZ ANO-NOVO são basicamente as mesmas de anos anteriores, e continuarão sendo a cada mudança no calendário.

No fundo, o que mais queremos é que a vida se prolongue com amor, alegria, paz e esperança. Podemos contar com tudo isso, independentemente das circunstâncias, pois é promessa do nosso Pai, que nos sustenta no dia bom e no dia mau. A finitude, no entanto, assusta. Olha só o que Deus tem a nos dizer sobre esse anseio do nosso coração: Deus nos deu vida eterna, e essa vida está em seu Filho. Quem tem o Filho tem a vida; quem não tem o Filho de Deus não tem a vida. Escrevi estas coisas a vocês que creem no nome do Filho de Deus para que saibam que têm a vida eterna (1 João 5.11-13 – NVT). Você crê? Quem sabe esta seja sua primeira resolução de ano novo: depositar a fé e a confiança em Jesus. Posso assegurar que é a melhor e mais segura decisão. Palavras do próprio Jesus: O ladrão vem para roubar, matar e destruir. Eu vim para lhes dar vida, uma vida plena, que satisfaz (João 10.10 – NVT).

Feliz 2024!

Pois estou prestes a realizar algo novo. Vejam, já comecei! Não percebem? Abrirei um caminho no meio do deserto, farei rios na terra seca (Isaías 43.19 – NVT).


quinta-feira, 30 de novembro de 2023

Em busca de contentamento

 



 Por Vanessa Sene Cardoso

“Ele parece um saco sem fundo”! Você já ouviu ou usou essa expressão se referindo a alguém que come muito, e parece nunca ficar satisfeito? Estava refletindo sobre isso e cheguei à conclusão de que, muitas vezes, a alma também pode se tornar insaciável. E quando isso acontece, nenhuma manifestação de afeto, carinho, cuidado é suficiente para suprir essa carência. A expectativa nos relacionamentos acaba se tornando maior do que a capacidade do outro em corresponder ao que se espera. Isso se torna um peso! 

Existe uma diferença entre carência e necessidade. A necessidade pode ser suprida, conforme afirma o apóstolo Paulo: E esse mesmo Deus que cuida de mim lhes suprirá todas as necessidades por meio das riquezas gloriosas que nos foram dadas em Cristo Jesus (Filipenses 4.19 – NVT).

A carência emocional precisa ser curada, pois não há manifestações de afeto capazes de saciar a alma ferida. Dependendo do tamanho da carência de uma pessoa, tudo que o outro fizer, deixar de fazer, falar ou silenciar pode ser interpretado como rejeição.

Vamos imaginar que você não está num dia bom, acordou com dor de dente, ou está de mau humor. Chega no trabalho, cumprimenta sua colega de uma maneira mais séria em vez de abrir o sorriso de sempre. Se ela for uma pessoa carente, com a alma ferida, muito provavelmente, vai achar que o seu jeito de agir tem a ver com ela e não com você. Dependendo do grau da carência, não adianta argumentar, pois ela acredita que é rejeitada. Quando se trata de uma pessoa próxima, a situação fica mais difícil e a relação pode se tornar tóxica, mesmo que as outras pessoas do convívio tenham um pouco mais de equilíbrio nas emoções. A pessoa carente é aquela que geralmente tem atritos constantes, vira e mexe está de mal de alguém e por aí vai.

A pessoa carente não é assim por escolha, isso é resultado de um histórico de vida, de memórias, situações difíceis que vivenciou. Todos estamos sujeitos a enfrentar esse gigante. Identificando essa condição já é um enorme passo para a cura. Se buscarmos ajuda, então, poderemos experimentar alívio e ter saúde na alma. A psicoterapia é um recurso excelente no processo de cura.

Quando temos contentamento em Deus e em nosso relacionamento com ele, encontramos saciedade para a nossa alma, independentemente das circunstâncias. É uma promessa! Agrade-se do Senhor, e ele satisfará os desejos do seu coração (Salmos 37.4).


terça-feira, 31 de outubro de 2023

“Vim, vi, venci”

 


Por Vanessa Sene Cardoso 

A expressão que intitula este artigo é traduzida do latim, e supostamente atribuída ao imperador romano Júlio César. Mas, hoje, o assunto não é história nem etimologia. Quero fazer um recorte do contexto, e emprestar essa sentença para uma reflexão sobre coragem.

O ser humano, de maneira geral, é competitivo. Nos dias atuais, especialmente na cultura ocidental, somos estimulados à concorrência. Temos ranking disso, ranking daquilo. Todo segmento tem seus critérios e formal ou informalmente entramos em alguma classificação. Para quem gosta de disputa, e é movido por ela, os esforços são sempre direcionados para alcançar o topo. A competição é saudável e tem seu lado pedagógico, desde que haja equilíbrio.

Muitas vezes, somos movidos pela competitividade a um ponto extremo, e nosso humor oscila dependendo do lugar que ocupamos ou deixamos de ocupar no pódio. Não somos treinados para lidar com o fracasso. E isso traz dor e desânimo para muita gente. É lógico que perder não é bom, é natural ter um sentimento negativo nessa condição. O problema é se deixar derrotar por ela.

Você já experimentou competir com você mesmo? A coisa muda um pouco de figura, pois quando nosso concorrente somos nós mesmos, a motivação vem de dentro, é intrínseca, nos impulsiona (vim); encaramos o desafio (vi); e, como consequência, avançamos (venci). Vencer não significa alcançar todos os nossos objetivos sempre. Um dos significados desse verbo é terminar. “Percorrer um caminho por inteiro”, de acordo com o dicionário Michaelis.

Medo e insegurança fazem parte da jornada e isso não significa falta de coragem. A coragem está na disposição de encarar e enfrentar o desafio, mesmo que a conclusão não seja a pretendida. Aprender é vencer!

Como é bom saber que o Espírito Santo de Deus nos guia e nos dá coragem durante a jornada. Eu o instruirei e lhe ensinarei o caminho que você deve seguir; e, sob as minhas vistas, lhe darei conselho(Salmos 32.8 – NAA).

domingo, 1 de outubro de 2023

Case com o sapo

Por Vanessa Sene Cardoso

Príncipes e princesas sempre povoaram o imaginário das meninas, alimentado pelos contos de fadas passados de geração a geração. “O sapo virou príncipe”. Quem nunca ouviu essa expressão? Ela vem de uma história que, apesar de ter diferentes versões, sempre resulta em uma ação da princesa que quebra o feitiço do príncipe aprisionado no corpo do sapo.

Quero fazer uma reflexão sobre o príncipe encantado. Na pré-adolescência, as meninas começam a despertar para os sentimentos românticos, surgem as paixonites, e é comum essas emoções reais se misturarem com a ficção. O chamado amor platônico transforma o alvo do interesse em príncipe encantado. Nessa fase é comum o sentimento ficar apenas no campo do sonho e da fantasia. Com o passar do tempo, a imaginação cede lugar para os movimentos naturais das relações humanas: paquera, namoro, casamento.

No entanto, existem mulheres adultas à espera do príncipe encantado, mesmo sem admitir ou perceber essa condição. Essa expectativa tem paralisado e impedido que elas vivenciem relacionamentos reais e saudáveis, com seus momentos de desafios, tristeza, dificuldades; mas recheados de alegria e satisfação. Assim é a vida...

O sapo, de maneira geral, não é considerado um animal atraente; pelo contrário, causa repulsa, medo. E, muitas vezes, também nos mantemos afastadas quando a aparência não nos agrada. Como vamos saber se o príncipe não está escondido na carcaça do sapo, se não permitirmos a aproximação? Todos nós temos nossa versão “sapo” e nossa versão “príncipe”, ou seja, ninguém é perfeito, temos qualidades e defeitos. E a grande magia do relacionamento é aprender a conviver e apreciar o outro como ele é.

Se você está à espera do príncipe, quero deixar uma dica: dê uma chance para o sapo! Quem sabe você vai descobrir que ele guarda dentro de si algo muito melhor do que o idealizado e inatingível. Acima de tudo, dê uma chance a você mesma!

quinta-feira, 31 de agosto de 2023

O tempo que existe é hoje

 


Por Vanessa Sene Cardoso

Você saberia enumerar quantas vezes já ouviu ou leu o título deste artigo? Tenho certeza que em algum momento já se deparou com essa afirmação. Complementando a reflexão: não podemos alterar o passado e o futuro ainda não chegou. Apesar de ser um tema recorrente, não se esgota. Sempre podemos tirar novas lições.

Vivemos o tempo da instantaneidade. Informações chegam a toda hora. A comunicação acontece em tempo real, independentemente da distância geográfica. Fast food. Transações financeiras imediatas. Esses são apenas alguns exemplos. Quanto mais rápido, menos paciência temos para esperar, mais somos dominados pela ansiedade. Enfim, onde isso vai parar?! E mais, será que temos vivido hoje?

Se por um lado, a agilidade traz benefícios para a nossa vida e para o dia a dia; por outro lado, temos, muitas vezes, dificuldade em lidar com a espera. O tempo que existe é hoje: pare um pouco! Faça uma pausa e esteja presente no presente, sem se preocupar em demasia com o que virá. No Sermão do Monte, Jesus nos deixou um ensino eficaz e atemporal:

“Portanto, não se preocupem, dizendo: ‘O que vamos comer? O que vamos beber? O que vamos vestir?’... seu Pai celestial já sabe do que vocês precisam. Busquem, em primeiro lugar, o reino de Deus e a sua justiça, e todas essas coisas lhes serão dadas. “Portanto, não se preocupem com o amanhã, pois o amanhã trará suas próprias inquietações. Bastam para hoje os problemas deste dia.” (Mateus 6.31-34 – NVT)

A prudência e o planejamento, e o descanso na bondade, fidelidade e cuidado de Deus são complementares. O grande desafio é não nos deixarmos abalar por escolhas e situações não tão acertadas do passado , nem pela preocupação excessiva com o que está por vir. Esse equilíbrio podemos encontrar em um relacionamento de entrega com o Pai celestial. Experimente isso hoje!


 

terça-feira, 25 de julho de 2023

O ofício de escrever

 


Por Vanessa Sene Cardoso

Hoje é o dia do escritor. Pensei em redigir um artigo para marcar a data refletindo um pouco sobre a importância da escrita, mas logo mudei de ideia. Sabe por quê? Porque as palavras servem para dar vida e expressar pensamentos, conceitos, conhecimento, arte... Como escolhi o ofício de contar história, por meio da escrita, decidi compartilhar a minha, de como ingressei nesse ofício.

O meu amor pela leitura e pela escrita vem da infância. Sempre recebi muito incentivo do meu pai, que também gosta muito de ler e, quando jovem, se arriscou nas letras, especialmente, na poesia. Quando cheguei à adolescência, escolhi o curso de jornalismo. Já na vida adulta passei a sentir um desejo grande de me tornar escritora, mas enfrentei um dilema: escrever sobre o quê. Pensei em várias possibilidades: literatura infantil, reflexões sobre a vida cristã, conteúdo específico sobre a área de comunicação. Tudo isso é muito legal e já escrevi sobre esses assuntos. No entanto, eram temas para artigos, reflexões, textos curtos. Queria escrever livros. Falei da minha ansiedade e dúvidas para Deus, e pedi que ele me orientasse nessa questão. Descansei crendo que, no momento certo, receberia a direção.

Em fevereiro de 2009, recebi o convite para escrever a biografia do Pr. Messias Anacleto Rosa. Foi um desafio e tanto! A partir de então, descobri que gosto de contar histórias. Em 2015, criei meu blog Limoeiro, onde escrevo sobre vários assuntos. Em 2018, lancei meu selo Limoeiro Produções Literárias, com a finalidade de produzir livros. Tenho três publicações, e estou com dois projetos em andamento. Ser escritora é algo que traz muita alegria ao meu coração!

Para todos que exercem esse ofício, desejo um feliz dia do escritor!



 

 

sexta-feira, 30 de junho de 2023

Cheguei aos 20 anos!

Por Vanessa Sene Cardoso

*A foto é de 2011. Eu a escolhi porque expressa o meu sentimento neste dia😃

Hoje, dia 30 de junho, é uma data muito importante para mim. Estou completando duas décadas de trabalho na área de comunicação da 1ª Igreja Presbiteriana Independente de Londrina. @primeiraipilondrina

Tenho muitas histórias para contar, mas isso vai ficar para uma próxima oportunidade. Escolhi celebrar a data apresentando 20 motivos de gratidão pelo privilégio de servir a Deus e à minha igreja por meio da minha profissão.

✔️Sou grata pelo convite para trabalhar na igreja, em 2003.
✔️Sou grata por tantas oportunidades de aprendizado.
✔️Sou grata por poder participar de tantos eventos.
✔️Sou grata pelos desafios que me fizeram crescer.
✔️Sou grata pelas confraternizações de fim de ano.
✔️Sou grata por compartilhar tristezas e alegrias.
✔️Sou grata pelo desenvolvimento profissional.
✔️Sou grata pelos momentos de comunhão.
✔️Sou grata pelos irmãos que conheci aqui.
✔️Sou grata pelo cuidado que recebo aqui.
✔️Sou grata pelo ambiente acolhedor.
✔️Sou grata pela irmandade reunida.
✔️Sou grata pelos erros e acertos.
✔️Sou grata pelas tarefas diárias.
✔️Sou grata pelos meus líderes.
✔️Sou grata pelas amizades.
✔️Sou grata pelo pastoreio.
✔️Sou grata pela provisão.
✔️Sou grata pelo amor.
✔️Deus é bom.

Obrigada, Pai! ❤️


 

quinta-feira, 25 de maio de 2023

Ideal x real

 
Por Vanessa Sene Cardoso

Meu sonho é ter o emprego ideal, o casamento ideal, a família ideal, e por aí vai. Qual ideal você busca? Ou melhor, como define ideal? Estamos sempre à procura dele. E, muitas vezes, ficamos à espera da condição ideal em algumas áreas de nossa vida e, sem perceber, permanecemos paralisados.

O dicionário Priberam define ideal como “aquilo que só existe na ideia ou imaginação; que reúne toda a perfeição imaginável”. Em suma: é algo impossível. Então, por que persistimos nessa busca?

O ideal é algo que já vem pronto, acabado; não precisa ser construído, não requer esforço, renúncia, batalha; talvez essa seja a razão de vivermos na expectativa de atingir esse estágio.

Quer ver um exemplo? “E foram felizes para sempre”, essa é a mensagem final de muitos filmes e livros românticos. E há quem entre em um relacionamento com essa expectativa, até cair na rotina e ver seu castelo ruir. Talvez esse seja o ponto de partida para uma condição real e verdadeira no relacionamento. E aí, sim, com a perspectiva renovada, podemos constatar que, apesar das imperfeições, é possível ser feliz para sempre, vivendo no mundo real.

Isso se aplica a todas as áreas da nossa vida. Muitas vezes, somos tão exigentes que não conseguimos sair do lugar, ou sofremos quando não alcançamos o status que consideramos ideal. Não se deixe paralisar! O fato de nunca atingirmos a perfeição nos permite avançar sempre, e não acomodar. Viu só? Estamos todos no mesmo barco!

Quando vivemos no mundo real, descobrimos que ele é o ideal, porque, apesar das imperfeições, a realidade existe. 

sexta-feira, 28 de abril de 2023

Naftalina

 
Por Vanessa Sene Cardoso

Você já ouviu falar em Naftalina? É um repelente usado normalmente em armários e guarda-roupas para afastar traças e outros insetos, protegendo roupas, livros e demais objetos. Era bastante utilizada antigamente. Conheço muitas pessoas que não gostam do cheiro, que realmente é forte. Há quem associe com odor de barata. Em mim, o aroma dessa pastilha branca desperta boas lembranças da infância. É que minha tia usava Naftalina nos armários e a casa dela era muito limpa e cheirosa. Gostava e ainda gosto muito de ir lá. Acabei associando o cheirinho característico com a sensação de aconchego. Ah! A palavra naftalina também é usada para simbolizar coisa velha, antiga.

Neste artigo quero refletir sobre a chamada memória afetiva. Os nossos sentidos – tato, olfato, visão, audição, paladar – são ferramentas que nos ajudam a preservar nossa história, nossa identidade, nossas referências de vida. Tornam vivas as recordações e a conexão com o passado.

O sabor de determinado alimento; o perfume das flores e plantas; o barulho da chuva; a textura de uma roupa; a cor do fim de tarde e outras sensações dizem algo para nós ou sobre nós. De que forma os sentidos conectam você com a sua história? É claro que nem sempre as lembranças são agradáveis, mas elas existem e deixam sua impressão em nossa realidade. Podemos ser instrumentos para criar as memórias afetivas para aqueles que nos cercam. Deus nos deu capacidade criativa. Já pensou nisso? Essa também é uma forma de comunicação.

Quando a gente já viveu algumas décadas é impossível não sentir “o cheiro de Naftalina”, afinal, temos uma história e somos o produto dela. No entanto, não é saudável alimentar nosso reservatório emocional apenas com lembranças e saudosismo, pois o único tempo que existe é o presente. As recordações podem ser um excelente fator de estímulo, depende de como lidamos com elas.

Quero trazer à memória o que me pode dar esperança (Lamentações 3.21).


Registrando memórias

 Ao escrever um texto ou contar uma história podemos usar recursos da linguagem para despertar as sensações e a memória afetiva. Ao descrever uma cena, os detalhes fazem a diferença para dar vida ao fato. São eles que ajudam na construção da imagem mental. Há muita riqueza no nosso vocabulário. Lembro-me do livro O cortiço, de Aluísio de Azevedo, cujo estilo de escrita me fazia sentir o cheiro do ambiente onde se passava a história.

Defendo a ideia de arquivar nossas memórias. Podemos fazer isso por meio de objetos, fotografias, diários, vídeos, ou qualquer outra forma. Isso diz muito a nosso respeito, sobre nossa origem, cultura, família. É uma herança que deixaremos para as próximas gerações.

Gosto de contar histórias e trabalho com isso. Quer registrar a sua história ou de alguém da sua família? Entre em contato. Vamos conversar sobre o seu projeto.



 

quarta-feira, 15 de março de 2023

Ouvir é essencial


Por 
Vanessa Sene Cardoso

“Temos dois ouvidos e uma boca”, esse é um dito popular muito conhecido e que ressalta a importância de ouvir mais e falar menos. O discernimento vai nos ajudar a equilibrar o diálogo de acordo com a circunstância.

Hoje vivemos na era da instantaneidade. A comunicação é imediata. Não podemos perder tempo. E nessa roda viva, ouvir acaba não sendo prioridade. Falta paciência! Você escuta o seu cliente? Quem sabe uma conversa mais prolongada pode ser o diferencial no seu serviço.

No ofício de escritora, ouvir é fundamental. As perguntas são apenas chaves que usamos para abrir as portas e ter acesso ao conteúdo, matéria-prima para a história que vamos registrar. Falar fica em segundo plano.

Tenho aprendido muito ao longo desses anos ouvindo e reproduzindo histórias de pessoas, e também histórias reais e fictícias que servem de inspiração e referência para a produção de crônicas e outros textos.

Escrevi três biografias e muitas reportagens, crônicas e, em todas elas, exercitei a “escuta”, primeiramente ao vivo, durante as entrevistas; num segundo momento ouvindo as gravações. Quanto mais ouvimos, mais intimidade conquistamos com o conteúdo a ser transformado em palavras escritas. Quanto mais ouvimos, mais captamos as entrelinhas, a respiração, as pausas, a emoção, a mensagem não verbal. Isso faz toda a diferença na construção do texto.

O escritor assume o papel do personagem e isso dá vida à história. Certa vez, recebi o seguinte comentário de um leitor sobre uma das biografias que escrevi: “em alguns trechos até imaginei que você estivesse transcrevendo palavras dele mesmo”. Fiquei muito feliz com essa mensagem, pois penso que alcancei o objetivo de transmitir vida por meio das palavras.

Independentemente da nossa profissão, do nosso trabalho, ouvir é essencial nas relações humanas. Vale o conselho: Estejam todos prontos para ouvir, mas não se apressem em falar (Tiago 1.19a – NVT).


quinta-feira, 16 de fevereiro de 2023

Quando a exceção é a regra


Por Vanessa Sene Cardoso

“Vivemos num mundo de exceções”. Você já ouviu essa afirmação? Vamos iniciar este texto abordando a necessidade das regras. Elas existem para organizar as instituições, para resguardar direitos e deveres, para o bom convívio em sociedade, para moderar as relações humanas. São apenas algumas finalidades, mas já servem para dar corpo à nossa reflexão.

O código de trânsito é um exemplo. Se não existisse, com certeza, haveria mais acidentes do que já existem hoje. E eles normalmente acontecem quando alguma regra é infringida. Mas há quem compre a exceção por meio de atos de corrupção, buscando se livrar da punição, oferecendo algo aos agentes fiscalizadores.

Assim como temos o direito de nos reunir, ouvir música, realizar eventos; temos o dever de respeitar o repouso do nosso vizinho. Em condomínios, por exemplo, depois das 22h não se pode fazer barulho. Mas se está tão divertido, porque não podemos estender a festança?! Para quem não tem consciência sobre o direito do outro, vale advertência e multa. Como dizem: é só mexer no bolso, que essa linguagem todo mundo entende.

Por que queremos fazer parte da exceção? Você já pensou nisso? Simples! Sejamos honestos: porque pensamos mais em nós mesmos do que nos outros. A gente tem muitos argumentos para justificar o desejo de ser exceção. É difícil admitir que não queremos viver sob o limite das regras. As exceções existem sim, há casos e casos. O problema é quando fazemos dela a regra.

Não façam nada por interesse pessoal ou vaidade, mas por humildade, cada um considerando os outros superiores a si mesmo, não tendo em vista somente os seus próprios interesses, mas também os dos outros (Filipenses 2.3-4). Essa orientação do apóstolo Paulo aponta para o nosso modelo de conduta: JESUS.


 

sábado, 28 de janeiro de 2023

Orvalho


Por 
Vanessa Sene Cardoso

Ao ler a palavra orvalho que sensação desperta em você? Para mim simboliza frescor. No dicionário Priberam, as definições são: “Conjunto de gotas de umidade que, por condensação, se depositam durante a noite em qualquer superfície plana; gotas miúdas e espaçadas de chuva; bálsamo, consolação, influxo benéfico”.

Estamos no início de 2023, temos mais de trezentos dias pela frente em que viveremos nossa história. O que você espera? Teremos dias de alegria e de adversidade. Isso é fato. Mas como enfrentaremos cada momento? A nossa atitude e o nosso posicionamento é que farão diferença. A presença de Jesus é como o orvalho, nos ajuda a ter serenidade e paz em todas as circunstâncias. Esse é o segredo.

Não é fácil, porém é possível viver com leveza e suavidade. Que o meu ensino seja como a chuva que cai mansamente sobre a terra; que as minhas palavras sejam como o orvalho que se espalha sobre as plantas (Deuteronômio 32.2 – NTLH). #ficaadica

Que neste novo ano você experimente o orvalho da presença de Deus.