Reflexões

A vida 


Por Vanessa Sene Cardoso

Se alguém perguntasse para você: o que é vida? Qual seria a resposta? Uma das definições do dicionário Priberam é: “O período de tempo que decorre desde o nascimento até à morte dos seres.” Algo finito, de acordo com o autor. A vida é boa! E por isso o ser humano sempre está em busca de prolongar a sua existência. Mas o único que pode fazer isso de forma eficiente é o Criador, Deus, o Pai. E ele fez. Como? Enviando seu filho Jesus ao mundo para derrotar a morte. Por meio do seu sacrifício temos acesso ao Autor da vida. Jesus respondeu: — Eu sou o caminho, a verdade e a vida; ninguém vem ao Pai senão por mim (João 14.6 – NAA).

Jesus morreu e ressuscitou para nos dar a vida eterna! Aleluia!

E a vida eterna é isto: conhecer a ti, o único Deus verdadeiro, e a Jesus Cristo, a quem enviaste ao mundo (João 17.3 – NVT).

Feliz PÁSCOA! Feliz VIDA!

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Valorizando o processo


Por 
Vanessa Sene Cardoso

Faltam poucos dias para o meu casamento. Desde que marcamos a data e iniciamos os preparativos, os dias têm sido intensos, com uma série de providências a tomar e, quanto mais a data se aproxima, vão surgindo os detalhes de última hora. Ufa! Se você já passou por isso, sabe bem do que estou falando!

Ao longo desse período, um dos conselhos que mais tenho recebido é: “aproveite ao máximo essa fase de preparativos, porque é muito gostoso”. O processo é trabalhoso, exaustivo, estressante (um estresse bom, diga-se de passagem), mas prazeroso. Vale a pena!

Quando temos um plano, um alvo, é natural colocar o foco nele. Às vezes, ficamos tão empenhados em alcançar nosso objetivo, que esquecemos que a caminhada até lá é rica e surpreendente. É durante a jornada que conquistamos novas experiências, aprendizados, e tornamos o que era um plano ou sonho em algo real. Somos preparados para desfrutar do que almejamos. Não tem como pular o processo! Ainda bem!

Moisés foi o libertador do povo de Israel da escravidão no Egito. Foi chamado por Deus para conduzir o povo para a terra prometida, mas ele mesmo só a avistou de longe, foi impedido de entrar. Moisés caminhou com Deus bem de perto durante toda a jornada e isso foi o mais importante.

Valorize o seu processo!

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Hoje é o primeiro dia



Por 
Vanessa Sene Cardoso

“O único tempo que existe é hoje”, com certeza você já deve ter ouvido essa afirmação. O passado, por mais que tenha deixado marcas, ficou para trás. Oportunidades perdidas não voltam; podem até surgir outras melhores. Conforme os anos passam, é comum lembrarmos com saudade, e certa nostalgia, dos bons momentos, e até mesmo dos não tão agradáveis. Isso é saudável, faz bem para a alma. O problema é quando nossas emoções e pensamentos ficam estacionados, presos num tempo que não existe mais, que virou história.

Não importa sua idade ou a geração a que pertence, o único tempo que existe é hoje. Crianças, jovens, adultos, idosos, todos vivemos no presente. E temos uma sucessão de presentes. Que alívio! A cada dia nasce uma nova oportunidade de viver em plenitude o que Deus tem para nós. Ao amanhecer nos deparamos com a esperança: O choro pode durar uma noite, mas a alegria vem pela manhã (Salmos 30.5 – NAA).

Talvez você não se prenda ao passado, mas se preocupe excessivamente com o futuro. Não fique ansioso pelo que virá, ouça o conselho do salmista: — Portanto, não se preocupem com o dia de amanhã, pois o amanhã trará os seus cuidados; basta ao dia o seu próprio mal (Mateus 6.34 – NAA). Lembre-se: a gente colhe o que planta. Esse é o segredo! Temos sempre a chance de construir um futuro melhor, cheio de significado, e que se transforme em uma linda história quando se tornar passado. Mas isso depende de como vivemos no presente. Anime-se! Hoje é o primeiro dia. Lance a boa semente!

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De 2024 até a eternidade


Por Vanessa Sene Cardoso

O novo ano está chegando e com ele as expectativas de dias melhores, projetos a serem colocados em prática, sonhos realizados em diferentes áreas de nossa vida. As mensagens de FELIZ ANO-NOVO são basicamente as mesmas de anos anteriores, e continuarão sendo a cada mudança no calendário.

No fundo, o que mais queremos é que a vida se prolongue com amor, alegria, paz e esperança. Podemos contar com tudo isso, independentemente das circunstâncias, pois é promessa do nosso Pai, que nos sustenta no dia bom e no dia mau. A finitude, no entanto, assusta. Olha só o que Deus tem a nos dizer sobre esse anseio do nosso coração: Deus nos deu vida eterna, e essa vida está em seu Filho. Quem tem o Filho tem a vida; quem não tem o Filho de Deus não tem a vida. Escrevi estas coisas a vocês que creem no nome do Filho de Deus para que saibam que têm a vida eterna (1 João 5.11-13 – NVT). Você crê? Quem sabe esta seja sua primeira resolução de ano novo: depositar a fé e a confiança em Jesus. Posso assegurar que é a melhor e mais segura decisão. Palavras do próprio Jesus: O ladrão vem para roubar, matar e destruir. Eu vim para lhes dar vida, uma vida plena, que satisfaz (João 10.10 – NVT).

Feliz 2024!

Pois estou prestes a realizar algo novo. Vejam, já comecei! Não percebem? Abrirei um caminho no meio do deserto, farei rios na terra seca (Isaías 43.19 – NVT).

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Em busca de contentamento  

                           

Por Vanessa Sene Cardoso

“Ele parece um saco sem fundo”! Você já ouviu ou usou essa expressão se referindo a alguém que come muito, e parece nunca ficar satisfeito? Estava refletindo sobre isso e cheguei à conclusão de que, muitas vezes, a alma também pode se tornar insaciável. E quando isso acontece, nenhuma manifestação de afeto, carinho, cuidado é suficiente para suprir essa carência. A expectativa nos relacionamentos acaba se tornando maior do que a capacidade do outro em corresponder ao que se espera. Isso se torna um peso! 

Existe uma diferença entre carência e necessidade. A necessidade pode ser suprida, conforme afirma o apóstolo Paulo: E esse mesmo Deus que cuida de mim lhes suprirá todas as necessidades por meio das riquezas gloriosas que nos foram dadas em Cristo Jesus (Filipenses 4.19 – NVT).

A carência emocional precisa ser curada, pois não há manifestações de afeto capazes de saciar a alma ferida. Dependendo do tamanho da carência de uma pessoa, tudo que o outro fizer, deixar de fazer, falar ou silenciar pode ser interpretado como rejeição.

Vamos imaginar que você não está num dia bom, acordou com dor de dente, ou está de mau humor. Chega no trabalho, cumprimenta sua colega de uma maneira mais séria em vez de abrir o sorriso de sempre. Se ela for uma pessoa carente, com a alma ferida, muito provavelmente, vai achar que o seu jeito de agir tem a ver com ela e não com você. Dependendo do grau da carência, não adianta argumentar, pois ela acredita que é rejeitada. Quando se trata de uma pessoa próxima, a situação fica mais difícil e a relação pode se tornar tóxica, mesmo que as outras pessoas do convívio tenham um pouco mais de equilíbrio nas emoções. A pessoa carente é aquela que geralmente tem atritos constantes, vira e mexe está de mal de alguém e por aí vai.

A pessoa carente não é assim por escolha, isso é resultado de um histórico de vida, de memórias, situações difíceis que vivenciou. Todos estamos sujeitos a enfrentar esse gigante. Identificando essa condição já é um enorme passo para a cura. Se buscarmos ajuda, então, poderemos experimentar alívio e ter saúde na alma. A psicoterapia é um recurso excelente no processo de cura.

Quando temos contentamento em Deus e em nosso relacionamento com ele, encontramos saciedade para a nossa alma, independentemente das circunstâncias. É uma promessa! Agrade-se do Senhor, e ele satisfará os desejos do seu coração (Salmos 37.4).

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"Vim, vi, venci"


Por Vanessa Sene Cardoso 

A expressão que intitula este artigo é traduzida do latim, e supostamente atribuída ao imperador romano Júlio César. Mas, hoje, o assunto não é história nem etimologia. Quero fazer um recorte do contexto, e emprestar essa sentença para uma reflexão sobre coragem.

O ser humano, de maneira geral, é competitivo. Nos dias atuais, especialmente na cultura ocidental, somos estimulados à concorrência. Temos ranking disso, ranking daquilo. Todo segmento tem seus critérios e formal ou informalmente entramos em alguma classificação. Para quem gosta de disputa, e é movido por ela, os esforços são sempre direcionados para alcançar o topo. A competição é saudável e tem seu lado pedagógico, desde que haja equilíbrio.

Muitas vezes, somos movidos pela competitividade a um ponto extremo, e nosso humor oscila dependendo do lugar que ocupamos ou deixamos de ocupar no pódioNão somos treinados para lidar com o fracasso. E isso traz dor e desânimo para muita gente. É lógico que perder não é bom, é natural ter um sentimento negativo nessa condição. O problema é se deixar derrotar por ela.

Você já experimentou competir com você mesmo? A coisa muda um pouco de figura, pois quando nosso concorrente somos nós mesmos, a motivação vem de dentro, é intrínseca, nos impulsiona (vim); encaramos o desafio (vi); e, como consequência, avançamos (venci). Vencer não significa alcançar todos os nossos objetivos sempre. Um dos significados desse verbo é terminar. “Percorrer um caminho por inteiro”, de acordo com o dicionário Michaelis.

Medo e insegurança fazem parte da jornada e isso não significa falta de coragem. A coragem está na disposição de encarar e enfrentar o desafio, mesmo que a conclusão não seja a pretendida. Aprender é vencer!

Como é bom saber que o Espírito Santo de Deus nos guia e nos dá coragem durante a jornada. Eu o instruirei e lhe ensinarei o caminho que você deve seguir; e, sob as minhas vistas, lhe darei conselho(Salmos 32.8 – NAA).

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O tempo que existe é hoje   
                                                  


Por Vanessa Sene Cardoso

Você saberia enumerar quantas vezes já ouviu ou leu o título deste artigo? Tenho certeza que em algum momento já se deparou com essa afirmação. Complementando a reflexão: não podemos alterar o passado e o futuro ainda não chegou. Apesar de ser um tema recorrente, não se esgota. Sempre podemos tirar novas lições.

Vivemos o tempo da instantaneidade. Informações chegam a toda hora. A comunicação acontece em tempo real, independentemente da distância geográfica. Fast food. Transações financeiras imediatas. Esses são apenas alguns exemplos. Quanto mais rápido, menos paciência temos para esperar, mais somos dominados pela ansiedade. Enfim, onde isso vai parar?! E mais, será que temos vivido hoje?

Se por um lado, a agilidade traz benefícios para a nossa vida e para o dia a dia; por outro lado, temos, muitas vezes, dificuldade em lidar com a espera. O tempo que existe é hoje: pare um pouco! Faça uma pausa e esteja presente no presente, sem se preocupar em demasia com o que virá. No Sermão do Monte, Jesus nos deixou um ensino eficaz e atemporal:

“Portanto, não se preocupem, dizendo: ‘O que vamos comer? O que vamos beber? O que vamos vestir?’... seu Pai celestial já sabe do que vocês precisam. Busquem, em primeiro lugar, o reino de Deus e a sua justiça, e todas essas coisas lhes serão dadas. “Portanto, não se preocupem com o amanhã, pois o amanhã trará suas próprias inquietações. Bastam para hoje os problemas deste dia.” (Mateus 6.31-34 – NVT)

A prudência e o planejamento, e o descanso na bondade, fidelidade e cuidado de Deus são complementares. O grande desafio é não nos deixarmos abalar por escolhas e situações não tão acertadas do passado , nem pela preocupação excessiva com o que está por vir. Esse equilíbrio podemos encontrar em um relacionamento de entrega com o Pai celestial. Experimente isso hoje!

 
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Cheguei aos 20 anos!

Por Vanessa Sene Cardoso

*A foto é de 2011. Eu a escolhi porque expressa o meu sentimento neste dia😃

Hoje, dia 30 de junho, é uma data muito importante para mim. Estou completando duas décadas de trabalho na área de comunicação da 1ª Igreja Presbiteriana Independente de Londrina. @primeiraipilondrina

Tenho muitas histórias para contar, mas isso vai ficar para uma próxima oportunidade. Escolhi celebrar a data apresentando 20 motivos de gratidão pelo privilégio de servir a Deus e à minha igreja por meio da minha profissão.

✔️Sou grata pelo convite para trabalhar na igreja, em 2003.
✔️Sou grata por tantas oportunidades de aprendizado.
✔️Sou grata por poder participar de tantos eventos.
✔️Sou grata pelos desafios que me fizeram crescer.
✔️Sou grata pelas confraternizações de fim de ano.
✔️Sou grata por compartilhar tristezas e alegrias.
✔️Sou grata pelo desenvolvimento profissional.
✔️Sou grata pelos momentos de comunhão.
✔️Sou grata pelos irmãos que conheci aqui.
✔️Sou grata pelo cuidado que recebo aqui.
✔️Sou grata pelo ambiente acolhedor.
✔️Sou grata pela irmandade reunida.
✔️Sou grata pelos erros e acertos.
✔️Sou grata pelas tarefas diárias.
✔️Sou grata pelos meus líderes.
✔️Sou grata pelas amizades.
✔️Sou grata pelo pastoreio.
✔️Sou grata pela provisão.
✔️Sou grata pelo amor.
✔️Deus é bom.

Obrigada, Pai! ❤️


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Naftalina


Por 
Vanessa Sene Cardoso

Você já ouviu falar em Naftalina? É um repelente usado normalmente em armários e guarda-roupas para afastar traças e outros insetos, protegendo roupas, livros e demais objetos. Era bastante utilizada antigamente. Conheço muitas pessoas que não gostam do cheiro, que realmente é forte. Há quem associe com odor de barata. Em mim, o aroma dessa pastilha branca desperta boas lembranças da infância. É que minha tia usava Naftalina nos armários e a casa dela era muito limpa e cheirosa. Gostava e ainda gosto muito de ir lá. Acabei associando o cheirinho característico com a sensação de aconchego. Ah! A palavra naftalina também é usada para simbolizar coisa velha, antiga.

Neste artigo quero refletir sobre a chamada memória afetiva. Os nossos sentidos – tato, olfato, visão, audição, paladar – são ferramentas que nos ajudam a preservar nossa história, nossa identidade, nossas referências de vida. Tornam vivas as recordações e a conexão com o passado.

O sabor de determinado alimento; o perfume das flores e plantas; o barulho da chuva; a textura de uma roupa; a cor do fim de tarde e outras sensações dizem algo para nós ou sobre nós. De que forma os sentidos conectam você com a sua história? É claro que nem sempre as lembranças são agradáveis, mas elas existem e deixam sua impressão em nossa realidade. Podemos ser instrumentos para criar as memórias afetivas para aqueles que nos cercam. Deus nos deu capacidade criativa. Já pensou nisso? Essa também é uma forma de comunicação.

Quando a gente já viveu algumas décadas é impossível não sentir “o cheiro de Naftalina”, afinal, temos uma história e somos o produto dela. No entanto, não é saudável alimentar nosso reservatório emocional apenas com lembranças e saudosismo, pois o único tempo que existe é o presente. As recordações podem ser um excelente fator de estímulo, depende de como lidamos com elas.

Quero trazer à memória o que me pode dar esperança (Lamentações 3.21).


Registrando memórias

Ao escrever um texto ou contar uma história podemos usar recursos da linguagem para despertar as sensações e a memória afetiva. Ao descrever uma cena, os detalhes fazem a diferença para dar vida ao fato. São eles que ajudam na construção da imagem mental. Há muita riqueza no nosso vocabulário. Lembro-me do livro O cortiço, de Aluísio de Azevedo, cujo estilo de escrita me fazia sentir o cheiro do ambiente onde se passava a história.

Defendo a ideia de arquivar nossas memórias. Podemos fazer isso por meio de objetos, fotografias, diários, vídeos, ou qualquer outra forma. Isso diz muito a nosso respeito, sobre nossa origem, cultura, família. É uma herança que deixaremos para as próximas gerações.

Gosto de contar histórias e trabalho com isso. Quer registrar a sua história ou de alguém da sua família? Entre em contato. Vamos conversar sobre o seu projeto.

   
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 Ouvir é essecial


Por Vanessa Sene Cardoso

“Temos dois ouvidos e uma boca”, esse é um dito popular muito
conhecido e que ressalta a importância de ouvir mais e falar menos. O discernimento vai nos ajudar a equilibrar o diálogo de acordo com a circunstância.

Hoje vivemos na era da instantaneidade. A comunicação é imediata. Não podemos perder tempo. E nessa roda viva, ouvir acaba não sendo prioridade. Falta paciência! Você escuta o seu cliente? Quem sabe uma conversa mais prolongada pode ser o diferencial no seu serviço.

No ofício de escritora, ouvir é fundamental. As perguntas são apenas chaves que usamos para abrir as portas e ter acesso ao conteúdo, matéria-prima para a história que vamos registrar. Falar fica em segundo plano.

Tenho aprendido muito ao longo desses anos ouvindo e reproduzindo histórias de pessoas, e também histórias reais e fictícias que servem de inspiração e referência para a produção de crônicas e outros textos.

Escrevi três biografias e muitas reportagens, crônicas e, em todas elas, exercitei a “escuta”, primeiramente ao vivo, durante as entrevistas; num segundo momento ouvindo as gravações. Quanto mais ouvimos, mais intimidade conquistamos com o conteúdo a ser transformado em palavras escritas. Quanto mais ouvimos, mais captamos as entrelinhas, a respiração, as pausas, a emoção, a mensagem não verbal. Isso faz toda a diferença na construção do texto.

O escritor assume o papel do personagem e isso dá vida à história. Certa vez, recebi o seguinte comentário de um leitor sobre uma das biografias que escrevi: “em alguns trechos até imaginei que você estivesse transcrevendo palavras dele mesmo”. Fiquei muito feliz com essa mensagem, pois penso que alcancei o objetivo de transmitir vida por meio das palavras.

Independentemente da nossa profissão, do nosso trabalho, ouvir é essencial nas relações humanas. Vale o conselho: Estejam todos prontos para ouvir, mas não se apressem em falar (Tiago 1.19a – NVT).


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Orvalho


Por Vanessa Sene Cardoso

Ao ler a palavra orvalho que sensação desperta em você? Para mim simboliza frescor. No dicionário Priberam, as definições são: “Conjunto de gotas de umidade que, por condensação, se depositam durante a noite em qualquer superfície plana; gotas miúdas e espaçadas de chuva; bálsamo, consolação, influxo benéfico”.

Estamos no início de 2023, temos mais de trezentos dias pela frente em que viveremos nossa história. O que você espera? Teremos dias de alegria e de adversidade. Isso é fato. Mas como enfrentaremos cada momento? A nossa atitude e o nosso posicionamento é que farão diferença. A presença de Jesus é como o orvalho, nos ajuda a ter serenidade e paz em todas as circunstâncias. Esse é o segredo.

Não é fácil, porém é possível viver com leveza e suavidade. Que o meu ensino seja como a chuva que cai mansamente sobre a terra; que as minhas palavras sejam como o orvalho que se espalha sobre as plantas (Deuteronômio 32.2 – NTLH). #ficaadica

Que neste novo ano você experimente o orvalho da presença de Deus.


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A verdade nos faz livres



Por Vanessa Sene Cardoso

Você já mentiu alguma vez? Costuma mentir de vez em quando? A mentira faz parte da sua vida? Como você se sente ao mentir ou ocultar algo? Se alguém disser que nunca mentiu, acabou de praticar a mentira. Ninguém escapa. Portanto, cada um de vocês deve abandonar a mentira e falar a verdade ao seu próximo (Efésios 4.25 – NVI).

A mentira é como uma corda que aprisiona. Quem costuma mentir, seja em situações corriqueiras ou em circunstâncias mais sérias, precisa sempre criar outra história para reforçar a que inventou anteriormente. E assim vai ficando cada vez mais enrolado. O destinatário da mentira é prejudicado; mas quem mente, além de ficar prisioneiro, acaba sendo transportado para um mundo imaginário, deixa de experimentar a vida real, com suas alegrias e tristezas, para viver em um mundo de fantasia.

Quem mente geralmente quer esconder algo constrangedor, evitar uma situação desconfortável, quer impressionar – pois não possui autoconfiança, ou simplesmente pretende se proteger de uma suposta reação de outra pessoa. Há vários motivos para justificar o que não tem justificativa. Muitas vezes também mentimos para nós mesmos.

Minha intenção aqui não é julgar nem criticar, mas promover uma reflexão sobre o assunto. Não somos perfeitos, estamos sujeitos a errar, mas quando optamos por viver na verdade, temos paz e descanso independentemente das circunstâncias, e experimentamos a liberdade. E conhecereis a verdade, e a verdade vos libertará (João 8.32). Jesus é a verdade, é a luz que dissipa toda a escuridão.

Viva na verdade e seja livre!

Feliz 2023!

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 Vamos em frente

Por Vanessa Sene Cardoso

Quando vocês se desviarem para a direita ou para a esquerda, ouvirão atrás de vocês uma palavra, dizendo: “Este é o caminho; andem nele” (Isaías 30.21 – NAA). Gosto muito desse versículo, porque ele expõe uma realidade com a qual nos deparamos constantemente: O que fazer? Qual a melhor decisão? Qual a vontade de Deus? Enfim: Como evitar o erro, a frustração, a dúvida, as adversidades? Queremos garantias para uma jornada tranquila e bem-sucedida. O próprio texto bíblico nos dá a direção: O Espírito Santo nos guia. Ele está conosco para apontar o caminho.

Muitas vezes ficamos paralisados esperando de Deus um sinal claro para uma tomada de decisão. Ele nunca nos deixa sem resposta, mesmo que essa resposta seja o silêncio. Em alguns momentos, a direção que buscamos vem na caminhada, nos erros e acertos. Isso nos faz crescer, contribui no processo de amadurecimento. Vemos isso na história de homens e mulheres na Bíblia. Deus está conosco no processo, na jornada, assim como esteve com José. Quando olhamos para a trajetória desse homem vemos os enormes desafios e adversidades até que se cumprisse a promessa de Deus revelada em sonho. Leia Gênesis, capítulos 37 a 50, e confira essa história inspiradora.

Vale a pena refletir se a espera pela direção divina em nossa vida não esconde o medo de dar um passo de fé sem saber ao certo o que vai acontecer. Com isso, não estou dizendo que devemos agir por impulso ou sem consultar nosso Pai. Trata-se apenas de deixar vir à tona nossas motivações. Discernimento é a lanterna que vai iluminar nossa jornada. Isso acontece por meio do relacionamento com Deus, dia após dia.

— Venha! — respondeu Jesus. Pedro saiu do barco e começou a andar em cima da água, em direção a Jesus. Porém, quando sentiu a força do vento, ficou com medo e começou a afundar. Então gritou: — Socorro, Senhor! Imediatamente Jesus estendeu a mão, segurou Pedro e disse: — Como é pequena a sua fé! Por que você duvidou? Então os dois subiram no barco, e o vento se acalmou (Mateus 14.29-32 – NTLH).

Jesus está pronto a nos socorrer quando estivermos em apuros. Vamos em frente contando com a presença e direção do Espírito Santo.

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Entrega o teu caminho



Por 
Vanessa Sene Cardoso

Quando você se depara com o verbo entregar, o que vem à sua mente? Dependendo do momento e da condição em que a gente se encontra, esse termo pode ter um significado específico. Em primeiro lugar, trata-se de uma ação. Vamos escolher um significado para refletir: abrir mão de alguma coisa.

Ao longo da nossa vida passamos por situações em que somos levados a abrir mão de algo seja por vontade própria ou por exigência das circunstâncias. Isso pode trazer dor e tristeza, alegria ou alívio. De qualquer maneira, na maioria das vezes, não é tarefa fácil. Faça um exercício: lembre-se de uma ou mais ocasiões em que você teve que abrir mão de alguma coisa. Como foi?

Deus nos deixou um exemplo ao entregar seu filho Jesus para nos resgatar. A entrega pode ser encarada como uma semente. Cristo morreu em nosso lugar para que pudéssemos ter a vida eterna com o Pai. Muitas vezes, trilhamos por caminhos que nos aprisionam, que roubam a nossa alegria, e que podem até ser bons, mas não são perfeitos para nós. A vontade de Deus não é apenas boa e agradável, ela tem um diferencial: é perfeita. Existe algo que você precisa entregar para Deus hoje? O salmista garante: Entrega o teu caminho ao Senhor, confia nele, e o mais ele fará (Salmos 37.5).

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Conhecer a Deus



Por Vanessa Sene Cardoso

Conheçamos e prossigamos em conhecer ao Senhor (Oseias 6.3). Você já se perguntou o que vai fazer na eternidade? Na verdade, em nossa mente humana e limitada é difícil conceber  algo que dura para sempre e transcende nossa referência de tempo.  Agora imagine um Deus que é onisciente, onipresente e onipotente. É uma fonte inesgotável de vida, amor, sabedoria, criatividade... Para conhecê-lo e desfrutar de um relacionamento com ele precisamos da  eternidade.

O que agora vemos é como uma imagem imperfeita num espelho embaçado, mas depois veremos face a face. Agora o meu conhecimento é imperfeito, mas depois conhecerei perfeitamente, assim como sou conhecido por Deus (1 Coríntios 13.12 – NTLH). Hoje vemos Deus por meio do seu Espírito Santo que habita em nós, seus filhos. Temos a percepção clara da sua presença, pela fé e pela sua palavra. Muitas vezes, com as emoções. A criação, obra de suas mãos, também nos revela o Pai. Essa realidade nos leva à adoração, é uma consequência natural daquele que conhece a Deus, ainda que em parte, como afirma o apóstolo Paulo no versículo acima.

Conhecer a Deus interfere diretamente na adoração, porque adorar é reconhecer quem ele é, e quem sou eu. Quando isso acontece, a nossa vida entra nos eixos, experimentamos contentamento, paz e descanso, independentemente de qualquer circunstância. Essa condição nos leva a refletir a imagem de Jesus para aqueles que nos cercam. Esse é o propósito de Deus para você e para mim.

Então, ouvi que toda criatura que há no céu e sobre a terra, debaixo da terra e sobre o mar, e tudo o que neles há, estava dizendo: Àquele que está sentado no trono e ao Cordeiro, seja o louvor, e a honra, e a glória, e o domínio pelos séculos dos séculos. (Apocalipse 5.13).

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Sorrir faz bem



Por Vanessa Sene Cardoso

Se você fizer uma busca rápida no Google vai encontrar a seguinte informação: usamos 8 músculos quando sorrimos e 32 quando fazemos cara feia; ou seja, sorrir exige menos esforço. Então, por que, muitas vezes, conservamos aquela marca de tensão na testa? A ideia não é encontrar justificativas, ou culpados para nossa falta de descontração. E, sim, apenas refletir sobre o que transmitimos em nosso semblante. Vale ressaltar que nem sempre o aspecto sério e introspectivo é sinônimo de estresse ou falta de alegria. Por outro lado, se a sisudez for predominante, observe o sinal de alerta.

Vamos pensar um pouco nos prováveis ladrões da nossa alegria. Ao olhar para o mundo em que vivemos, já encontramos motivos de sobra para tristeza: maldade, corrupção, violência e injustiças nas mais variadas roupagens. Com certeza, você deve estar lembrando de alguma situação. E se não estiver, basta olhar ao redor, ou acessar qualquer veículo de comunicação. As notícias estão disponíveis. Essa realidade, embora visível e próxima, talvez não seja algo que nos atinja diretamente, pelo menos neste momento. Há razões, entretanto, que nos afligem de maneira certeira, como enfermidades, conflitos familiares, lutas no trabalho, problemas financeiros, desilusões, perdas diversas, enfim, acrescente a sua dor... Afinal, uma coisa é certa: todos passamos por adversidades.  

Se você puxar pela memória, vai se dar conta de que existem muitos motivos de gratidão e alegria também. Não vou apresentar uma relação. Deixo um desafio: faça uma pausa agora, feche os olhos e pense nisso.

Quando tudo vai bem é mais fácil ficar alegre, não é mesmo? Mas como manter o sorriso no rosto independentemente das circunstâncias? Penso que o segredo está na fonte da alegria. Porque ele nem mesmo deixou de entregar o próprio Filho, mas o ofereceu por todos nós! Se ele nos deu o seu Filho, será que não nos dará também todas as coisas? (Romanos 8.32 – NTLH). Deus, o Pai, deu seu filho Jesus, o que há de mais precioso, para nos resgatar e nos dar vida eterna e verdadeira. Ele é quem supre todas as nossas necessidades. É dele que vem a alegria e o sorriso nos lábios. Se você ainda não experimentou da fonte da alegria, fica o convite.

O coração alegre aformoseia o rosto, mas com a tristeza do coração o espírito se abate (Provérbios 15.13).

O coração alegre é bom remédio, mas o espírito abatido faz secar os ossos (Provérbios 17.22).

Vista seu melhor e mais sincero sorriso! Você vai ver a diferença que isso faz na sua vida, no ambiente, e na vida das pessoas ao seu redor. Se quiser voltar aqui no Limoeiro e compartilhar sua experiência nos comentários, sinta-se à vontade! Bora sorrir!                    

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Contentamento

Por Vanessa Sene Cardoso

Vivemos em uma época de muita oferta e, ao mesmo tempo, de tanta insatisfação. O apelo visual do mercado, que desperta o desejo de consumo, chega até nós por diferentes canais e o principal deles está na palma da mão. E não somos atraídos apenas por produtos, somos estimulados a consumir conceitos, imagens, jeito de ser. Prova disso são milhares de influenciadores digitais que nos dizem o que comer, o que vestir, como deve ser nosso corpo, nossos relacionamentos, nossa casa e muito mais.

Para muitos, isso acaba se tornando motivo de frustração, porque é um estilo de vida que beira o inatingível. Não é incomum a sensação de fracasso diante da dificuldade de assimilar tudo que é imposto como padrão de sucesso e realização. Você já se sentiu assim em algum momento?

O apóstolo Paulo nos ensina o princípio do contentamento, pois ele experimentou a gangorra ”momentos de bonança, momentos de adversidade” e pode falar com propriedade: aprendi a estar satisfeito com o que tenho. Sei o que é estar necessitado e sei também o que é ter mais do que é preciso. Aprendi o segredo de me sentir contente em todo lugar e em qualquer situação, quer esteja alimentado ou com fome, quer tenha muito ou tenha pouco. Com a força que Cristo me dá, posso enfrentar qualquer situação (Filipenses 4.10-13 – NTLH).

O contentamento é real quando nos sentimos confortáveis em ser quem somos, temos paz independentemente das circunstâncias e isso acontece quando temos a vida de Cristo em nós.

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Ele sabia ouvir


Por Vanessa Sene Cardoso

Sinceridade, assertividade, hombridade, uma pessoa de fé, essas eram algumas características do meu tio Miro, a quem eu costumava chamar apenas de Miro. Sempre que o encontrava, ele me olhava firme nos olhos e perguntava: “Como você está?” E não era pró-forma. Meu tio realmente se interessava em saber sobre mim. Ficávamos um bom tempo conversando. Como era gostoso abrir o coração ou simplesmente falar de assuntos corriqueiros.

No mundo tão acelerado em que vivemos, onde sobram ocupações e falta tempo, não é comum encontrar alguém que queira oferecer a atenção para o outro. O Miro era essa pessoa. Faço coro com amigos e familiares do meu tio que desfrutaram desse “ambiente de escuta” e são unânimes em destacar essa disposição dele.

A sabedoria e o amor faziam com que seus conselhos, e até mesmo palavras de confronto, trouxessem conforto e paz. Embora tenha que confessar que algumas vezes ele deixava uma pulguinha atrás da orelha para me fazer refletir.

Meu tio era um ótimo ouvinte, só que tem um pequeno detalhe: ele era surdo. Mas isso é mesmo só um detalhe, pois interpretava a alma da gente e escutava com o coração.

Hoje está completando uma semana que o Miro foi morar no céu. Desfruta da presença de Jesus contemplando, face a face, a quem tanto amou e serviu.

Sou grata a Deus por ter me presenteado com um tio tão especial.     

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O consolo vem   


Por Vanessa Sene Cardoso

“Minha filhinha, minha florzinha, Nessinha...” Ela costumava me chamar assim. Tia Anézia, irmã de minha mãe, nos deixou no dia 20 de fevereiro deste ano, ou melhor, voltou para a casa do Pai, onde já tinha uma morada preparada. Lá não há choro e nem sofrimento, como nos garante a Palavra de Deus: Ele enxugará dos olhos deles todas as lágrimas. Não haverá mais morte, nem tristeza, nem choro, nem dor. As coisas velhas já passaram (Apocalipse 21.4 – NTLH).

Ela ficou internada, intubada por quase um mês. Lutou bravamente! Seu corpo debilitado resistiu o quanto pôde. Oramos! Clamamos! O porta-voz que nos trazia os boletins diários era o seu neto, médico, que acompanhou tudo e nos manteve informados. Nossa gratidão ao Jonas.

Estivemos unidos, como família, intercedendo incansavelmente. A vontade de Deus é boa, agradável e perfeita, ainda que não pareça, pois a perda de um ente querido é muito triste. Tia Anézia recebeu a cura completa e está juntinho daquele a quem ela amou e serviu ao longo de seus 81 anos: Jesus Cristo.

E nós: filhos, noras, netos, netas, bisnetos, irmãs, sobrinhos, sobrinhas, amigos, amigas, família da fé somos abençoados por seu legado e as boas lembranças. Seu jeitinho doce vai ficar na memória, assim como a bolinha de queijo – que eu pedia quase toda vez que a encontrava – esfirra e tantas outras guloseimas que ela fazia. Amor em forma de gestos, essa era sua marca.

O milagre da cura física nem sempre acontece como esperamos, porque nem sempre os propósitos de Deus estão de acordo com nossos desejos. O milagre do consolo, no entanto, é uma promessa. E eu pedirei ao Pai, e ele lhes dará outro Consolador, a fim de que esteja com vocês para sempre (João 14.6 – NAA).

Agradeço a Deus por ter me presenteado com uma tia tão querida.

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Temos um mapa


Por
 Vanessa Sene Cardoso

Encerramos o primeiro mês do ano. Alguns voltando de férias, outros dando continuidade aos projetos e trabalhos já iniciados, há quem esteja começando algo... Enfim, independentemente da sua condição atual, início de ano traz uma sensação de recomeço. Ainda que esse recomeço seja uma continuidade. Muita coisa nos espera!

Se pensarmos em 2021, passamos por situações que nem imaginávamos. Pode ser que 2022 seja um ano sem grandes mudanças, mas uma coisa é certa: SEREMOS SURPREENDIDOS. Mesmo que tenhamos tudo planejado e organizado, algo sempre sairá do nosso script. Se você tem mais de 15 anos, já deve ter percebido isso. A vida nos prega muitas peças. “Seria tão bom se a gente tivesse um mapa para nos orientar!” Quem já pensou assim?

No fundo, buscamos segurança. O que sai da nossa sensação de controle, assusta, intimida, por isso muita gente quer conhecer – ou pelo menos ter um vislumbre – o futuro. Por mais aventureira que uma pessoa seja, ela segue uma rota, pode até fugir do convencional, mas não conheço ninguém que escolha ficar, totalmente, sem rumo.

O povo de Israel, quando saiu do Egito em direção à terra prometida, muito provavelmente, teve medo do desconhecido. Apesar de ser escravo, vivia numa terra e sistema em que já estava adaptado. Seguir para algo novo, mesmo que melhor, gera stress. Nós podemos até caminhar no “escuro”, sem conhecer o futuro, mas temos uma garantia que faz toda a diferença na jornada.  Foi o que Deus prometeu para o seu povo. Respondeu-lhe: A minha presença irá contigo, e eu te darei descanso (Êxodo 33.14). Pronto! Você não está sozinho! O Espírito Santo nos guia, nos ensina, nos corrige: Se vocês se desviarem do caminho, indo para a direita ou para a esquerda, ouvirão a voz dele atrás de vocês, dizendo: “O caminho certo é este; andem nele” (Isaías 30.21 – NTLH).

Sabe qual é o segredo para uma caminhada bem-sucedida? Não é uma receita que vai nos livrar das adversidades, mas uma pessoa que nos dá paz e segurança, apesar de tudo, Jesus: Eu sou a videira, vocês são os ramos. Quem permanece em mim, e eu, nele, esse dá muito fruto; porque sem mim vocês não podem fazer nada. Se permanecerem em mim, e as minhas palavras permanecerem em vocês, pedirão o que quiserem, e lhes será feito (João 15.5, 7 – NAA).

Encerro essa reflexão com uma frase da escritora Sarah Young: “A presença de Deus é o melhor mapa que existe”.

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Fazer diferença

 
Por
 Vanessa Sene Cardoso


Estamos às portas de 2022.

Durante os últimos dois anos, passamos por mudanças radicais provocadas por uma pandemia que nos pegou de surpresa e impôs uma nova forma de viver, de se relacionar, de se comunicar. O impacto foi grande e inesperado em tão pouco tempo. Tivemos que nos adaptar. Quantas perdas! Mas é importante e necessário reconhecer que, apesar das adversidades, tivemos ganhos também.

Em 2021, o luto se fez mais presente em nossa rotina, trazendo, além da dor, lições para a vida. Muitos dos que partiram deixaram marcas nas pessoas da sua convivência; outros foram fundamentais na vida de quem perdeu alguém. Aprendi com tudo isso!

Jesus é o maior e melhor exemplo de alguém que – em sua breve passagem pela terra – deixou marcas eternas. Você pode estar pensando: Ele é Deus e isso fazia parte da sua missão. Sim. Jesus, no entanto, habita em nós por meio do Espírito Santo: ... vocês estão em mim, assim como eu estou em vocês (João 14.20 – NTLH). Isso nos habilita a fazermos o que Jesus fez, como ele mesmo afirmou: Aquele que crê em mim fará também as obras que tenho realizado (João 14.12 – NVI).

Parece que as coisas começam a entrar nos eixos. Para muita gente, os planos e sonhos ainda são acanhados, como alguém que sofreu um acidente, ficou muito tempo sem andar e agora tem que passar por uma reabilitação, um reaprendizado. Vamos em frente! Antes devagar do que paralisar.

Tenho planos, sonhos... Um deles, talvez o mais importante, é fazer diferença onde e com quem Deus me colocar.

Encerro esta reflexão de fim de ano com um texto que me inspira:

O Senhor Deus me deu o seu Espírito, pois ele me escolheu para levar boas notícias aos pobres. Ele me enviou para animar os aflitos, para anunciar a libertação aos escravos e a liberdade para os que estão na prisão. Ele me enviou para anunciar que chegou o tempo em que o Senhor salvará o seu povo, que chegou o dia em que o nosso Deus se vingará dos seus inimigos. Ele me enviou para consolar os que choram, para dar aos que choram em Sião uma coroa de alegria, em vez de tristeza, um perfume de felicidade, em vez de lágrimas, e roupas de festa, em vez de luto. Eles farão o que é direito; serão como árvores que o Senhor plantou para mostrar a todos a sua glória. Nós nos alegraremos e cantaremos um hino de louvor por causa daquilo que o Senhor, nosso Deus, fez (Isaías 61.1-3, 10 – NTLH).

Assim seja!

Feliz Ano Novo!                   

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Estou segura!


Por Vanessa Sene Cardoso

O SENHOR, Deus do céu, que me tirou da casa de meu pai e da terra dos meus parentes, e que me falou, e jurou, dizendo: “À sua descendência darei esta terra”, ele enviará o seu anjo adiante de você, para que lá você encontre uma esposa para o meu filho (Gênesis 24.7 – NAA).

Um dia desses, quando estava lendo a Bíblia, me deparei com o texto acima. Deus falou comigo. Fui muito edificada! Você se lembra dessa passagem bíblica? Vamos recordar o contexto: Abraão incumbiu seu servo de ir até a região onde viviam seus parentes, para buscar uma esposa para seu filho Isaque. O servo disse: Talvez a mulher não queira vir comigo para esta terra. Nesse caso, devo levar o seu filho à terra de onde o senhor veio? (Gênesis 24.5).

Abraão sabia que não fazia parte do propósito de Deus que Isaque fosse para a cidade onde viviam seus familiares. Por isso, respondeu ao servo lembrando que o Senhor que o tirou da casa de seu pai, e prometeu dar para sua descendência a terra onde vivia, era o mesmo que ajudaria a encontrar a esposa para Isaque. Abraão andava com Deus, tinha intimidade com o Pai. Esse relacionamento foi o lastro para a convicção de que seu servo teria êxito na jornada.

Quando estamos diante de um desafio, ou mesmo nas situações corriqueiras do dia a dia, vale a pena seguir o conselho do profeta Jeremias: trazer à memória o que pode nos dar esperança. Com certeza, quem tem caminhado com Deus e tem um relacionamento próximo com ele, já experimentou o seu cuidado. Isso edifica a fé e nos fortalece para o que vem pela frente em nossa vida, pois Jesus Cristo é o mesmo ontem, hoje e para sempre (Hebreus 13.8 – NAA).

Se você está desanimado, lembre-se: A esperança volta quando penso no seguinte: O amor do SENHOR Deus não se acaba, e a sua bondade não tem fim. Esse amor e essa bondade são novos todas as manhãs; e como é grande a fidelidade do SENHOR! Deus é tudo o que tenho; por isso, confio nele (Lamentações 3.21-24 – NTLH).

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Enfim, cheguei aos 50!

Por Vanessa Sene Cardoso

O tempo passou como em um piscar de olhos. Um amigo muito sarrista, quando completei 20 anos, brincou: “Um quinto de século”. Quando cheguei aos 25, ele disse: “Você já está completando um quarto de século”, insinuando que eu estava envelhecendo. Pois é...  Algum tempo atrás, ao falar com esse amigo, comentei: “Neste ano, chego a meio século de vida”. Rimos. Como é bom ter uma história!

As lembranças são tesouros que só acumulamos conforme os anos passam. Hoje, me considero mais rica do que há 10, 20, 30 anos. É certo que vivemos cada fase, mas nessa altura temos, além da vivência, um plus, a experiência. Pode parecer clichê, mas é a mais pura verdade.

Não pretendo me alongar neste texto. Quero apenas registrar a minha gratidão a Deus: pela vida; por ter me escolhido para ser sua filha; pela família especial em que me colocou; pelos amigos que foi acrescentando na caminhada; pelo namorado que veio ao meu encontro na maturidade; pelas conquistas; pelas frustrações, que apesar de chatas, fazem parte do processo; pela comunidade da fé; pela provisão que nunca faltou; pela saúde; pela profissão; pelo trabalho; pelas oportunidades de aprender; pelos projetos; pelos sonhos que tem colocado em minha mente e coração; por aquilo que tem preparado para mim daqui para fente... Essa lista não tem fim, por isso optei pelas reticências em vez do ponto final.

Oh! Provai e vede que o SENHOR é bom (Salmos 34.8). Eu tenho provado!

G R A T I D Ã O resume minha vida aos 50 anos.

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Dia dos namorados



Por Vanessa Sene Cardoso


Certa vez, estava conversando com uma amiga sobre namoro e casamento e ela me disse: “Sabe o que estraga os relacionamentos?
Hollywood.” Achei muito interessante essa colocação. O que me fez refletir.

A adolescência é uma época de grandes mudanças. É a transição da infância para a vida adulta. O corpo vai tomando nova forma, as emoções e o humor são inconstantes, muitas são as descobertas.  E é nessa fase que, normalmente, nos apaixonamos pela primeira vez. Como tudo na adolescência, a paixão é um sentimento intenso que mobiliza todos os sentidos na direção do objeto do nosso amor: gostamos de ouvir a voz, o coração dispara quando isso acontece; o perfume é característico; nossos olhos brilham, a pupila dilata; a boca seca; queremos tocar. Isso tudo é muito bom!

Quando nos apaixonamos queremos ficar perto da pessoa o tempo todo, ela é perfeita. Como afirma o ditado popular: “O amor é cego”. Na verdade, a paixão cega. O turbilhão de emoções que o alvo da nossa paixão provoca, muitas vezes, impede a razão de atuar, ela fica de escanteio. Juntando tudo isso com a falta de vivência temos o contexto ideal para uma provável desilusão. Não quero ser "desmancha prazer" para quem está curtindo sua primeira paixão. Aproveite! Faz parte da vida!

Alguns estudiosos do assunto dizem que a paixão dura em média dois anos. Ué?! Mas em Hollywood, ela não tem prazo de validade. Tanto é que nos filmes românticos, nos deparamos com a conclusão: “Foram felizes para sempre”. Em sã consciência, sabemos que isso não faz parte da realidade. Parece ridículo, mas nossas emoções não sabem. Prova disso, é que quando os jovens se casam, passam pela primeira fase, a lua de mel. Com a rotina, a intimidade, a convivência no dia a dia, aparecem as dúvidas: Ela era tão diferente, mais carinhosa, sedutora. Ele é cheio de mania, e nem é tão romântico quanto eu pensava. Meu coração não dispara mais quando o vejo ou ouço a voz dele. Essa mania de limpeza dela me irrita ao extremo. Acho que me enganei. O amor acabou.

É comum nos apaixonarmos pela imagem que construímos de uma pessoa. A paixão tem muito a ver com o meu desejo, com a minha satisfação pessoal. Por isso, quando nos apaixonamos, enxergamos em alguém tudo aquilo que nos agrada. A partir do momento que perde o encanto, descartamos.

O amor é doação, é focado na felicidade do outro. Amor é mais do que sentimento, é fruto de uma decisão, de uma escolha diária. A idealização cede lugar à realização. O ideal é inatingível e o real é palpável. Quando amamos não dependemos da paixão no relacionamento. Ela é a cereja do bolo, mas o alimento principal continua sendo o bolo. Não deixe que a expectativa de Hollywood roube o protagonismo da sua relação e o "Felizes para sempre" da vida real...#ficaadica

Dedico este texto a um assinante do meu blog, que é mais do que especial, alguém que não mede esforços para alegrar meu coração, meu namorado Rická.

E viva o Dia dos Namorados!

 


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Mãe em potencial

Por Vanessa Sene Cardoso

A mulher foi criada fisiologicamente preparada para gerar outra vida. Possui características emocionais que completam essa sua natureza maternal. Isso é fato. No entanto, nem toda mulher tem filho. Podemos relacionar alguns motivos: opção, medo, problemas de saúde, infertilidade... Opa! Ué?! Infertilidade?! Parece haver uma contradição com a afirmação que abre este texto. Convido você para refletir um pouco sobre o assunto.

Como seres humanos, somos limitados e, por mais capacidade intelectual que tenhamos, não encontramos respostas para todas as perguntas. Especialistas em fertilidade, na maioria das vezes, conseguem diagnosticar a causa da esterilidade, mas não conhecem o porquê dessa causa. Aí é possível perceber claramente a limitação do homem e a soberania de Deus.

O ser humano é o único ser vivente que recebeu o fôlego de vida do próprio Deus. Criou Deus, pois, o homem à sua imagem, à imagem de Deus o criou; homem e mulher os criou (Gênesis 1.27). Eram perfeitos como o Criador. No entanto, o desejo de tornar-se independente e dono do próprio nariz fez com que o ser humano rompesse com Deus. O resultado está aí para quem quiser ver. A ordem deu lugar ao caos (1 João 5.19). Ao mesmo tempo que contemplamos a natureza, percebemos a sua destruição; ao mesmo tempo que lutamos pela vida, nos deparamos com a morte; ao mesmo tempo que nos acostumamos com o funcionamento perfeito de um organismo vivo, nos surpreendemos com sua deficiência; ao mesmo tempo que a mulher foi dotada da capacidade de gerar outra vida, muitas enfrentam uma batalha para que isso aconteça... A lista de contradições é grande, fique à vontade para acrescentar outras.

Minha intenção aqui não é procurar culpados ou motivos para as incoerências da vida. Eu creio em Deus, que é onipotente, onisciente e onipresente. Ele tem o começo e o fim da nossa história.

Retomando o fio da meada...

Nós, mulheres, somos mães em potencial, dotadas da capacidade de gerar, conceber, nutrir física, emocional, intelectualmente, passando por uma gestação ou não. As distorções com as quais convivemos não mudam essa verdade. A essência da maternidade se expressa em nossas relações, emoções, na forma de pensar e agir. Enfim, é algo natural. Somos privilegiadas!

O principal atributo da maternidade é a capacidade de se doar. Ouvi algo que me chamou a atenção: um amigo, em uma homenagem no dia das mães, destacou que elas são a representação que mais se assemelha ao amor de Deus por nós. Porque ele nem mesmo deixou de entregar o próprio Filho, mas o ofereceu por todos nós! Se ele nos deu o seu Filho, será que não nos dará também todas as coisas? (Romanos 8.32 – NTLH).

Ao escrever este texto me inspirei em uma amiga muito querida, que é uma mãe incrível, e que logo vai poder dedicar todo o amor ao seu filho ou filha, que já foi gerado no coração. Como é bom saber que Deus, nosso Pai amoroso, tem o melhor para a nossa vida. Simplesmente, CREIA! 

*Os desenhos que ilustram este artigo são das minhas sobrinhas Raquel, Mariana e Manuela.

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O que esperar?  


Por Vanessa Sene Cardoso

Temos vivido dias intensos por conta desta mudança radical, provocada pela pandemia de Covid-19 no mundo e em nossa rotina diária, dentro e fora de casa. É difícil não falar nisso, pois é a nossa realidade há mais de um ano.

A princípio, ninguém sabia ao certo como lidar com a situação; rápido contágio, mortes, medidas restritivas, lockdown, novos protocolos sanitários, cientistas pelo mundo buscando a vacina. E ainda os desdobramentos políticos, econômicos, sociais, relacionais, emocionais, tecnológicos, de comunicação. Muitas mudanças em um curto espaço de tempo. Como lidar com tudo isso?

A sensação que tenho é de estar em uma guerra, onde muitos estão sendo atingidos e abatidos por um inimigo invisível. Imagine uma onda que vem e leva o que encontra pela frente. Exagero?! Talvez. Só nos últimos dois meses, fui surpreendida ao ver dezenas de pessoas conhecidas – algumas do meu convívio – perderem a vida. Creio que você também tem passado por essa experiência.

Você já se pegou pensando em como será o futuro, ou até mesmo se haverá um futuro? O ser humano tem a falsa sensação de segurança, de ter o controle das coisas. Se tem alguma lição que podemos tirar desse momento é que o controle humano é uma ilusão.

Diante das circunstâncias, como filha amada de Deus, me alegro e tenho paz em saber que existe futuro: Os dias que me deste para viver foram todos escritos no teu livro quando ainda nenhum deles existia (Salmos 139.16 – NTLH). Aquilo que, aos nossos olhos, parece fora de controle está nas mãos do Criador do céu e da terra. Por isso, podemos descansarBendito o homem que confia no Senhor e cuja esperança é o Senhor. Porque ele é como a árvore plantada junto às águas, que estende as suas raízes para o ribeiro e não receia quando vem o calor, mas a sua folha fica verde; e, no ano de sequidão, não se perturba, nem deixa de dar fruto (Jeremias 17.7-8).E esperar: Porque sou eu que conheço os planos que tenho para vocês, diz o Senhor, planos de fazê-los prosperar e não de lhes causar dano, planos de dar-lhes esperança e um futuro (Jeremias 29.11 - NVI).

Coloque a sua fé e a sua confiança em Deus, pois ele garante: Há esperança para o teu futuro, diz o SENHOR (Jeremias 31.17a).                                 

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Saber ouvir




Por Vanessa Sene Cardoso

Na multidão de conselhos há segurança (Provérbios 11.14 - RC). Esse texto me acompanha há muitos anos, principalmente, depois que ingressei na fase adulta. Trata-se de um conselho do homem mais sábio mencionado na Bíblia, o rei Salomão. Ele buscou a sabedoria na fonte e compartilhou conosco no livro de Provérbios.

Deus fala conosco de várias maneiras, e uma delas é por meio de outras pessoas. Vale ressaltar que aquilo que ouvimos deve passar pelo crivo da Palavra: Porque a palavra de Deus é viva, e eficaz, e mais cortante do que qualquer espada de dois gumes, e penetra até ao ponto de dividir alma e espírito, juntas e medulas, e é apta para discernir os pensamentos e propósitos do coração (Hebreus 4.12). Quando temos alguma decisão importante para tomar ou precisamos de alguma orientação é prudente buscar conselhos. Eles nos ajudam a decidir, a dar passos com mais segurança.

Muitas vezes, a exortação e o confronto nos auxiliam a discernir rumos que precisam ser corrigidos ou tomados em nossa vida. Receber críticas, ainda que construtivas, não é fácil; mas mesmo que elas não tenham fundamento e não se apliquem à nossa conduta, sempre servem para reflexão; ainda que as críticas sejam para nos ajudar a concluir que “estamos no caminho certo”, vale a pena ouvir. Sempre podemos aprender novas lições.

É válido ressaltar que ninguém é dono da verdade. Cada pessoa emite uma opinião com base em suas referências; nem sempre abrimos o filtro para considerar algo que não se encaixe em nosso “quadrado”. Uma situação sempre pode ser analisada sob mais de um ponto de vista, de uma perspectiva. Isso é muito rico! Por isso, o autor do livro de Provérbios diz que na multidão de conselhos há segurança.

Onde não há conselho fracassam os projetos, mas com os muitos conselheiros há bom êxito (Provérbios 15.22). Será que a falta de êxito não é resultado de orgulho, arrogância, dificuldade, relutância em buscar e ouvir conselhos? Encerro com essa pergunta para nossa reflexão. Afinal, temos dois ouvidos e uma boca.

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Será o caos?





Por Vanessa Sene Cardoso

“Não viajo de avião, pois tenho medo dele cair”, já ouvi essa frase muitas vezes. E, realmente, nos últimos quinze anos - pelo menos - tivemos notícias de vários acidentes aéreos. Confesso que também fico meio tensa durante voos mais longos. Temos a sensação de que em terra firme estamos mais seguros. Mera ilusão!

Em 2016, um acidente em Londrina, cidade onde moro, me chamou a atenção. Um avião agrícola caiu sobre uma Kombi que transportava trabalhadores que faziam a capina dos canteiros da estrada. Cinco morreram. Talvez, nenhum deles tenha sequer entrado em uma aeronave, mas foram vítimas de um acidente aéreo. Detalhe: o piloto do avião teve ferimentos moderados.

Depois desse episódio, sempre que entro em um avião, costumo lembrar que o lugar mais seguro é nas mãos de Deus, pois ele tem o controle de todas as coisas, inclusive do tempo, das circunstâncias, da nossa vida: Até os fios dos cabelos da cabeça de vocês estão contados (Lucas 12.7 – NTLH). Como é bom saber dessa verdade!

Há um ano, temos vivido, enquanto aldeia global, dias difíceis provocados pela pandemia da Covid 19. Parece o caos social, político, sanitário, econômico. Tudo saiu do lugar. Nos últimos tempos, todos os dias, recebemos notícias de pessoas conhecidas, algumas bem próximas que estão contaminadas pelo coronavírus; famílias sofrendo pela perda de um ou mais entes queridos. Outras foram atingidas pela falta de trabalho, falência nos negócios, dificuldades financeiras, lutas emocionais e nos relacionamentos. Quanta dor!

Quando olhamos para esse cenário em que estamos inseridos e sujeitos a sermos atingidos, nos sentimos inseguros, com medo. Em meio ao que parece ser o caos, quero atrair a sua atenção para Gênesis 1.1-3: No princípio, criou Deus os céus e a terra. A terra, porém, estava sem forma e vazia; havia trevas sobre a face do abismo, e o Espírito de Deus pairava por sobre as águas. Disse Deus: Haja luz; e houve luz. Se continuar lendo esse capítulo sobre a criação verá que Deus, o nosso Pai, estabeleceu a ordem por meio da palavra: “Disse Deus”... “Haja”. “Que segurança! Sou de Jesus! Por ele agora vivo na luz!”*, encerro este artigo com um trecho desse velho hino, tão pertinente para os dias atuais.

E você? Vê luz e segurança em meio ao caos?

*Salmos e Hinos, Nº 409 – Segurança Bendita


Quero prestar uma homenagem a uma querida amiga, Kris Fitch, que nesta semana, dia 24.03.21, foi para a casa do Pai, onde não há choro, nem dor.

 


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Planos 



Por Vanessa Sene Cardoso 

Porque sou eu que conheço os planos que tenho para vocês, diz o Senhor, planos de fazê-los prosperar e não de lhes causar dano, planos de dar-lhes esperança e um futuro. Então vocês clamarão a mim, virão orar a mim, e eu os ouvirei. Vocês me procurarão e me acharão quando me procurarem de todo o coração (Jeremias 29.11-13 – NVI).

Creio que o texto acima é muito apropriado para o tempo em que vivemos. O primeiro mês do novo ano se encerra e muitos não se arriscam a planejar, ou preferem planos a curtíssimo prazo. Afinal, fomos surpreendidos em 2020 por uma onda que bagunçou o nosso cronograma. O que esperar em 2021?

A sensação que tenho é de estar em uma estrada com neblina, onde, mesmo com os faróis acesos, não é possível enxergar mais do que poucos metros adiante. Insegurança? Talvez. O salmo 119.105 nos apresenta uma verdade que serve de bússola para nos orientar: A tua palavra é lâmpada para guiar os meus passos, é luz que ilumina o meu caminho (NTLH). Com base nesse conselho do salmista, podemos caminhar em segurança, passo a passo, pois Jesus é a palavra e é a luz. A presença dele nos traz segurança, mesmo diante de um futuro incerto.

É importante planejar. O segredo é fazer isso buscando a direção de Deus, crendo que ele sempre tem o melhor para os seus filhos, como registrou o profeta Jeremias. Avante!!                   

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Azul e branco



Por Vanessa Sene Cardoso          

Tenho o hábito de ler a coluna Aos Domingos Pellegrini nas edições de fim de semana da Folha de Londrina. O texto de 20/21 de junho deste ano teve como título “A turma do azul e branco”. Chamou a minha atenção a aplicação feita pelo autor, de que há um grupo cuja bandeira não é vermelha e, por outro lado, não se identifica com alguns movimentos que têm se apropriado das cores verde e amarela, do principal símbolo brasileiro, para expressar uma linha ideológica. A proposta do meu artigo não é enviesar a reflexão, se é que isso é possível.

Em tempos de polarização, a “turma do azul e branco” pode acabar sendo rotulada, pelos mais inflamados, de a “turma em cima do muro”. E, na verdade, é sobre essa classificação que eu quero falar hoje.

O que é “ficar em cima do muro”? Essa definição no atual contexto político, social, cultural talvez seja não escolher um dos lados considerados preponderantes nessas diversas áreas, ou ser omisso, não ter opinião, e por aí afora. Ter um posicionamento não significa escolher um dos lados que predominam, principalmente, no cenário virtual. Digo isso, porque é nesse ambiente onde a rivalidade tem sido exposta e amplificada nos últimos tempos.

Defender um ponto de vista com fervor, principalmente se há argumentos consistentes, é uma virtude; o problema é quando se atravessa o muro na tentativa de impedir o outro lado de exercer o mesmo direito. Extrapolar o campo das ideias e invadir o terreno pessoal é perigoso. Talvez seja este equilíbrio que esteja em falta no atual momento. Nesse caso, o “muro” pode ser o elemento que limita o espaço de cada um. Aqui temos um novo ângulo: muro X polarização. Veja que, dependendo da perspectiva, as duas faces (polarização de ideias) podem ser partes de uma mesma moeda.

Nossos valores e princípios são a referência para assumirmos nosso posicionamento diante das circunstâncias. Penso que, independentemente da corrente ideológica, o respeito é o muro que limita o espaço de cada um.

Meu filho, guarde consigo a sensatez e o equilíbrio, nunca os perca de vista; trarão vida a você e serão um enfeite para o seu pescoço. Então você seguirá o seu caminho em segurança e não tropeçará; quando se deitar, não terá medo, e o seu sono será tranquilo. Não terá medo da calamidade repentina nem da ruína que atinge os ímpios, pois o SENHOR será a sua segurança e o impedirá de cair em armadilha. Quanto for possível, não deixe de fazer o bem a quem dele precisa (Provérbios 3.21-27 – NVI).

Para ler o artigo “A turma do azul e branco”, de Domingos Pellegrini, acesse aqui.                         

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                                                                                                         PAI




Por Vanessa Sene Cardoso
Foto: Eduardo Sene Cardoso

Datas comemorativas, por mais que tenham um apelo comercial, acabam servindo para reflexão. Talvez porque o tema esteja estampado por todo lado: internet, TV, impressos, outdoors, vitrines. O comércio quer vender. Mas na correria do dia a dia, muitas vezes, não paramos para pensar. E, pelo menos, a data comemorativa, ainda que seja uma tradição, atrai a nossa tão concorrida atenção, mesmo que por pouco tempo.

É comum a gente ouvir: todo dia é dia dos pais. Concordo. Mas, sabendo disso, quem de nós comemora? Esse reconhecimento é feito por meio do respeito, do carinho, do relacionamento diário. Ótimo. É o que deve ser. Mas acho válido separar um dia para homenagear e presentear nossos pais.

Bom, quero falar do meu pai. Primeiramente, ele é PAI. Não é clichê e não digo isso por ser dia dos pais. Ele sabe o que significa para mim. Foi olhando para o meu pai, Samuel, que eu pude conhecer Deus, o meu Pai. Esse é o maior tesouro que recebi na minha vida, e é para a eternidade.

Quando a paternidade é exercida, mesmo que de forma imperfeita, ela produz equilíbrio na vida de um filho. Ele percebe, por meio da presença, das palavras, dos gestos, dos limites, do amor, das falhas, o senso de pertencimento. E é assim que me sinto. Sou filha amada do meu pai Samuel e do meu Pai Eterno. Na verdade sou filha e, ao mesmo tempo, irmã do meu pai. Só Deus mesmo para fazer uma coisa dessas. E melhor, nunca vamos nos separar.

Escrevo essas palavras para expressar, de forma pública, o que ele já sabe no privado, o amor, o respeito, a admiração, o reconhecimento e a honra ao meu pai.

Vou parando por aqui, pois nenhuma palavra é capaz de expressar o que o meu pai representa para mim.

Amo você para sempre, PAI.



A foto abaixo é do lançamento do meu primeiro livro. Meu pai sempre foi meu maior incentivador para escrever.




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Mãe





Por Vanessa Sene Cardoso



Recebi um post hoje de manhã que diz: “A vida não vem com manual, vem com uma mãe”. Não sei quem é o autor dessa frase. Achei interessante! Concordo, em parte, porque pai e mãe são instrumentos de Deus para gerar e conceber a vida que vem dele. Mas o foco do texto de hoje não é esse. Quero falar de mãe. Mãe, para mim, é sinônimo da “minha mãe”.



Incrível, mas há tanto para falar dela e, ao mesmo tempo, me fogem as palavras. Vamos lá! Dedicação, doação, serviço, delicadeza, carinho, generosidade, desprendimento, prioridades, criatividade, beleza, inteligência, sabedoria, inspiração, excelência, admiração, aconchego, cuidado, firmeza, sensibilidade, colo, exemplo, presença, AMOR... Chego à conclusão de que nenhuma palavra é suficiente para traduzir, nem expressar o que ela representa e o seu significado em minha vida. Por isso, vou parando por aqui, agradecida a Deus pela mãe que ele me deu. E a você, mãe, todo meu respeito e gratidão!

Parabéns a todas as mães!

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Eternamente feliz


Por Vanessa Sene Cardoso

Feliz 2018. Não, eu não me enganei. No fim de 2017, recebi felicitações de Ano Novo de muitas pessoas. E esse, realmente, foi um ano feliz. Na verdade, ao longo da vida e da caminhada com Cristo, descobri que não existe ano infeliz. Posso me sentir alegre, triste, com raiva, passar por dificuldades e ainda assim ser feliz. A felicidade não é determinada por bens, relacionamentos, saúde, sentimentos, sabedoria, realizações. Tudo isso é muito bom, mas há quem tenha todas essas coisas sem ser feliz.

Para mim, a felicidade está em ser filha amada de Deus, em pertencer a ele, em ter um propósito de vida em Cristo, e saber que o meu passado, presente e futuro estão escritos e guardados pelo meu Pai: Os dias que me deste para viver foram todos escritos no teu livro quando ainda nenhum deles existia (Salmos 139.16 – NTLH – Ler Apocalipse 5.1-6). Lógico que há muitas coisas que nos alegram o coração, e devemos desejá-las. Só não podemos depender delas para sermos felizes.

Alguns motivos que confirmam a felicidade:


Porque Deus amou o mundo tanto, que deu o seu único Filho, para que todo aquele que nele crer não morra, mas tenha a vida eterna    (João 3.16 – NTLH).

Quem está unido com Cristo é uma nova pessoa; acabou-se o que era velho, e já chegou o que é novo (2 Coríntios 5.19 - NTLH).

Tu me mostras o caminho que leva à vida. A tua presença me enche de alegria e me traz felicidade para sempre (Salmos 16.11 – NTLH).

Deus faz que o solitário viva em família (Salmos 68.6).

Oh! Provai e vede que o SENHOR é bom; bem-aventurado o homem que nele se refugia (Salmos 34.8).

A paz de Deus, que excede todo o entendimento, guardará os seus corações e as suas mentes em Cristo Jesus (Filipenses 4.7 - NVI).

E lembrem disto: eu estou com vocês todos os dias, até o fim dos tempos (Mateus 28.20 – NTLH).

Essa lista não tem fim, porque a vida não tem fim. Ela é eterna assim como o Pai, o Filho e o Espírito Santo. Esta é a vida eterna: que te conheçam, o único Deus verdadeiro, e a Jesus Cristo, a quem enviaste (João 17.3 – NVI). Essa jornada feliz, para mim, já começou quando recebi a vida de Cristo e me tornei filha de Deus. Convido você para vir comigo e com todos os meus irmãos e irmãs da família da fé. Seja eternamente feliz!

Porque dele e por ele, e para ele, são todas as coisas; glória, pois, a ele eternamente. Amém (Romanos 11.36).

Feliz 2019!

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 À procura de...


Por Vanessa Sene Cardoso

Você tem algum objeto de estimação? Algo que gosta muito e que, mesmo que não tenha valor material, é precioso para você? Pois bem, eu tenho alguns objetos que são significativos porque me lembram de pessoas, de lugares e outros, simplesmente, porque eu gosto sem motivo algum. Vou falar sobre um deles. É uma presilhinha muito pequena, alguns conhecem como piranha (veja a foto no fim do texto). 


Durante uma época, sempre que chegava em casa, usava para prender minha franja. Era um hábito. Eu tenho outras semelhantes, mas, em casa, aquela era a minha escolhida. Acho que, subconscientemente, associava ao conforto do lar. Ao guardá-la em algum lugar que não era de costume, podia até esquecer onde estava, mas logo dava um estalo na mente. Nunca havia perdido.

Certa vez, fui pegar a presilha e não estava no recipiente onde eu guardava. Procurei em vários lugares, sem sucesso. Pensei: “Devo ter colocado no bolso da calça, o que fazia de vez em quando, e na hora de lavar deve ter caído... Enfim, também não é para tanto, tenho outras presilhas, deixa pra lá”. Mas confesso que fiquei chateada.

Passados alguns dias – já tinha dado como perdida a presilha – quando limpava a casa, fui passar pano no chão da área de serviço e, num cantinho, um pequeno objeto preto atraiu meu olhar. Me aproximei para ver melhor. Não consegui conter as lágrimas... Você pode estar pensando: “Quanto drama! Há tanto motivo relevante para chorar!”

A presilha não foi o motivo das minhas lágrimas. Quando vi aquele insignificante objeto no chão, que já não imaginava encontrar mais, Deus me disse: “Eu cuido de você nos mínimos detalhes”. Ele usou uma situação cotidiana, até mesmo sem muita importância, para demonstrar mais uma vez o seu amor por mim. O foco não era a presilha, mas o cuidado do meu Pai. Foi uma experiência muito legal! Daquelas que um relacionamento íntimo proporciona. Uau!

Lembrei-me de uma parábola contada por Jesus (Lucas 15. 8-10 – NTLH):
— Se uma mulher que tem dez moedas de prata perder uma, vai procurá-la, não é? Ela acende uma lamparina, varre a casa e procura com muito cuidado até achá-la. E, quando a encontra, convida as amigas e vizinhas e diz: “Alegrem-se comigo porque achei a minha moeda perdida.”

A moeda mencionada por Jesus somos nós quando estamos separados do nosso Criador. No versículo 10, lemos que há alegria quando aquele que está perdido se volta para Deus. O Natal se aproxima. Jesus veio ao mundo com o propósito de nos encontrar, de dar vida aos que estão mortos. Por meio dele somos religados ao Pai. E, consequentemente, temos a vida eterna com Deus.

O relacionamento com Deus, nosso Pai, é o bem mais precioso que podemos ter. A partir disso, temos uma nova perspectiva sobre o valor da nossa própria vida, das pessoas que nos cercam.

Talvez você esteja à procura de algo que preencha o seu vazio existencial. Quem sabe não tenha chegado o momento de deixar-se encontrar?! Experimente!!


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Vida e morte: qual o significado?



Por Vanessa Sene Cardoso

O que mais tem valor para você? Vamos lá! Como é algo para meditar, seja sincero consigo mesmo, pois ninguém vai saber o que se passa no seu íntimo, apenas Deus, que já sabe, mesmo que insista em não falar para ele. Algumas possibilidades para estimular a sua reflexão: seus filhos, filhas, esposo, esposa, outras pessoas que você ama; seus bens materiais; seu conhecimento intelectual; situações e atividades que lhe proporcionam prazer... Sinta-se à vontade para acrescentar algo pessoal nessa lista. Identificou o que tem valor? Pois bem, se você não estiver vivo, tudo isso perde o valor, certo? Acho que chegamos a um ponto de convergência de que se não houver vida, as demais coisas perdem o sentido.

Creio que a vida é o maior valor para o ser humano. Fazemos de tudo - às vezes não da melhor maneira - para preservá-la. Mas você pode estar se perguntando: E as pessoas enfermas que estão sofrendo e preferem a morte? E aqueles que pensam em tirar a vida? Válida reflexão! A vida humana é criação de Deus e uma dádiva, mas quando o homem pecou houve a separação do Pai, o Eterno, e a morte entrou no mundo, ou seja, o ser humano passou a ser um “morto-vivo” (Gênesis 2.17). O texto de Gênesis 3 nos mostra que o homem trocou a árvore da vida (Cristo) pela árvore do conhecimento do bem e do mal (morte, separação).

A vida sem Deus é incompleta, é uma ilusão, é morte. Se você percebeu que está morto, ou sente-se morto, não desanime! Vamos reavivar nossa memória?! Deus, que é um Pai amoroso, planejou uma solução para nossa condição humana: a morte e a ressurreição de seu Filho Jesus Cristo. Jesus se tornou pecado em nosso lugar, e ressuscitou para que, por meio dele, fôssemos reconciliados com Deus passando a ter vida verdadeira e eterna. E o testemunho é este: que Deus nos deu a vida eterna; e esta vida está no seu Filho. Aquele que tem o Filho tem a vida; aquele que não tem o Filho de Deus não tem a vida (1 João 5.11-12). Essa afirmação deixa claro que a vida não é um estado e sim uma pessoa, Jesus Cristo.

Talvez, assim como Nicodemos, que era um mestre e conhecedor das Escrituras, você se pergunte: Como receber a Vida? Jesus responde dizendo que é necessário nascer de novo. Nicodemos perguntou: - Como é que um homem velho pode nascer de novo? Será que ele pode voltar para a barriga da sua mãe e nascer outra vez? Jesus disse a ele: – Quem nasce de pais humanos é um ser de natureza humana; quem nasce do Espírito é um ser de natureza espiritual (João 3.4, 6 - NTLH). É preciso nascer do Espírito para ter a vida eterna. O apóstolo Paulo em Romanos 10.9-10 nos orienta como devemos proceder: Se, com a tua boca, confessares Jesus como Senhor e, em teu coração, creres que Deus o ressuscitou dentre os mortos, serás salvo. Porque com o coração se crê para a justiça e com a boca se confessa a respeito da salvação. Quando recebemos a vida de Cristo, nos tornamos filhos de Deus e temos uma nova natureza, o mesmo DNA de Jesus, ele está em nós e nos tornamos um com o Pai, o Filho e o Espírito Santo (João 17.21).

Em João 11.25 Jesus se identifica como “A ressurreição e a vida”: Eu sou a ressurreição e a vida. Quem crê em mim, ainda que morra viverá. Esse nome reflete a sua essência. Se estamos em Cristo também temos a verdadeira vida. A morte foi derrotada de uma vez por todas, ela não nos assombra mais, seu sentido passa a ser outro, assim como a vida ganha novo significado para nós. E podemos fazer coro com o apóstolo Paulo: Para mim, o viver é Cristo, e o morrer é lucro (Filipenses 1.21).


Para refletir:

Deus escolheu enviar Jesus ao mundo para nos dar vida verdadeira e eterna. A iniciativa foi dele e não nossa. Você já recebeu ou quer receber a vida de Cristo em você?

E, se o Espírito daquele que ressuscitou Jesus dentre os mortos habita em vocês, aquele que ressuscitou a Cristo dentre os mortos também dará vida a seus corpos mortais, por meio do seu Espírito, que habita em vocês (Romanos 8.11 – NVI).

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A "métrica" de Deus é outra



Por Vanessa Sene Cardoso

Dia desses precisei tirar fotocópias de alguns documentos. Terminei o almoço mais cedo para dar tempo de passar em uma loja perto de casa, antes de voltar para o trabalho. Calculei, “milimetricamente”, o tempo que gastaria para não me atrasar. Os imprevistos acontecem! Quando estava passando em frente ao local onde pretendia fazer as cópias, procurando lugar para estacionar, percebi que a loja tinha fechado. E agora?

Lembrei-me de dois estabelecimentos no centro da cidade. Pensei: se eu for ao centro vai ser difícil encontrar lugar para estacionar o carro e, muito provavelmente, chegarei atrasada ao trabalho. Enquanto pensava numa solução, continuei seguindo meu trajeto e observando, ao longo do percurso, para ver se encontrava um lugar para fazer as cópias.  No fundo achei que seria difícil obter êxito no meu intento.

Conversando com Deus no caminho, disse: “Bem que podia dar certo, pois queria resolver isso hoje”. De repente, em uma esquina, salta aos meus olhos “X CÓPIAS”. A sensação que eu tive foi que a pintura do nome da loja na fachada parecia tridimensional. Meu coração se encheu de alegria por meu Pai ter atendido o que havia pedido. Hum! Mas onde estacionar? Não havia vaga por perto. Ou melhor, quando eu olhei à minha direita, um carro saindo. Nem precisei procurar. Foi demais!

A situação que compartilhei é corriqueira, poderia não ter dado certo. Mas eu creio que Deus atendeu o meu pedido. Você pode estar se perguntando: Aonde ela quer chegar com essa conversa? Essa situação me fez refletir sobre o relacionamento com Deus e a vida de oração.

Orai sem cessar (2 Tessalonicenses 5.17). O que significa isso? Devemos estar em comunhão com o Pai, por meio do Espírito Santo, o tempo todo. Mesmo quando estamos dormindo: Em paz me deito e logo pego no sono, porque, Senhor, só tu me fazes repousar seguro (Salmos 4.8). Às vezes Deus fala conosco por meio de sonhos também. A Bíblia nos ensina a separar um tempo, em particular, para orar: Quando orares, entra no teu quarto...(Mateus 6.6). Quem não mora sozinho e, ainda por cima, divide o quarto com alguém, vai ter dificuldade para levar essa orientação ao pé da letra. Mas o “quarto” pode ser sua caminhada para o trabalho.

Regra x Princípio

As regras servem para nos apontar princípios. Por isso precisamos estar atentos aos ensinos que nos são passados. Em alguns casos existe uma mistura do legítimo com o ilegítimo. Por isso, siga a dica de Tiago: peça sabedoria a Deus (Tiago 1.5).

Se orar 30 minutos você tem chance de ser mais abençoado do que se orar metade desse tempo? Já ouvi pessoas afirmando que sim; que devemos orar, no mínimo, uma hora por dia, ou a madrugada toda. O critério de Deus não é a meritocracia e, sim, a graça. As experiências pessoais inspiram, mas não podem virar dogmas. Com isso não estou dizendo que não é importante dedicar tempo na prática da oração. O que quero dizer é que a resposta da oração e a bênção de Deus não dependem do meu esforço. Ele é soberano!

A disciplina na vida devocional é um princípio. Só que o foco deve ser o relacionamento pessoal com Deus, e não a forma como isso acontece. Por isso permaneça 24 horas com ele. E quando separar um tempo, especificamente, para orar, a conversa vai fluir, e se isso acontecer antes de dormir prepare-se, pois pode se estender madrugada adentro.

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Aprender sempre 



Por Vanessa Sene Cardoso

Um dia desses estava refletindo sobre o significado da ignorância. Talvez a definição mais comum, que vem à mente, seja “falta de conhecimento”. Considerando essa explicação, todos somos e sempre seremos ignorantes. Isso é fato! Ficou desanimado com essa constatação? Para os que ignoram a ignorância, pode ser um consolo. Afinal, por que precisamos buscar conhecimento e novas aprendizagens? Muitas vezes o medo do desconhecido e o comodismo nos impedem de sair da zona de conforto, e de nos aventurarmos por um mundo novo. Existem aqueles que não querem aprender ou não veem necessidade. Direito deles!

Você já viu chácaras ou quintais com um cachorro que, mesmo preso por uma corrente, consegue se movimentar num grande espaço? A sensação é que está solto. Muitas vezes, o animal não percebe que a liberdade dele se limita ao lado de dentro da cerca. Penso que a ignorância e o desinteresse pelo conhecimento e aprendizagem fazem isso com o ser humano. A ignorância nos mantém presos, com a sensação de liberdade. O conhecimento liberta e abre a visão de mundo.

Converse com uma pessoa que não teve a oportunidade de concluir os estudos na infância e adolescência, e retorna aos bancos escolares na idade adulta. Conheço muitas pessoas nessa situação. Elas são muito interessantes!  Tenho profunda admiração pelos curiosos, por aqueles que não se acomodam com o que já sabem, mesmo que sejam estudiosos e profundos conhecedores em determinada área ou no geral. Quando falo sobre a busca por conhecimento, não estou me referindo apenas à educação regular ou formal.

A ignorância em si não é o maior problema. A questão é quando não nos damos conta de que somos ignorantes. Aí mora o perigo! O primeiro passo para avançar é reconhecer que posso e quero crescer em conhecimento. A leitura é uma grande aliada para nos introduzir em novos contextos e abrir nossa visão de mundo.

A escola, nos diferentes níveis de graduação, por mais imperfeita que seja também é um espaço de aprendizagem essencial em nossa vida. Além de transmitir informações e conhecimento, nos ensina a conviver com o outro, desenvolver habilidades sociais. Se você foi privado de oportunidades ou deixou-as passar, nunca é tarde! Que tal pensar na possibilidade de voltar a estudar? No universo do conhecimento há muitas opções – formais e informais.

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A lente que usamos


Por Vanessa Sene Cardoso

Hoje vou contar a história de uma menina chamada Borboleta. Ela teve uma infância muito feliz, nasceu em um lar estruturado – longe da perfeição, pois não existe família perfeita –, recebeu amor, afirmação, teve pais presentes, que a ensinaram valores cristãos. Tinha uma grande parentela, com muitos tios, tias, primos, primas, avós, amigos... Suas férias sempre eram incríveis. Borboleta era uma garota criativa, gostava de brincar e, como muitas crianças, também convivia com suas histórias e personagens imaginários. Era alegre, sorridente e comunicativa. Sempre foi boa aluna e muito dedicada.

Por causa do trabalho do pai, Borboleta mudou de cidade algumas vezes. Se por um lado conheceu lugares e pessoas diferentes, por outro sentia vontade de criar raízes. A cada nova escola ou vizinhança, embora acabasse se adaptando, a princípio sentia-se uma forasteira entre as outras crianças, pois a maioria tinha nascido e vivia na mesma cidade.

Quando estava entrando na adolescência, Borboleta mudou novamente de cidade e, consequentemente, de escola. Foi uma fase difícil, de muitas mudanças: física,  emocional, cultural (morava em um estado e mudou para outro com costumes um pouco diferentes); busca por autoafirmação, autoconhecimento, sentido existencial, o que é normal nesta faixa etária. A adolescência também é uma fase em que se procura aceitação no grupo, senso de pertencimento em um ambiente de relacionamento com os “iguais”. Pois bem, esse era o contexto de Borboleta naquela época. Era muito tímida, fazia de tudo para não ser notada. Na nova escola, a maior parte da turma tinha em comum a trajetória escolar, as crianças estudavam juntas desde o início da vida acadêmica, a amizade extrapolava o muro do colégio. Borboleta acabou se aproximando daquelas que, como ela, eram novatas naquele ambiente.

Borboleta tinha um semblante que refletia sua condição emocional – na época – carregada de uma certa melancolia. Na maior parte das vezes era séria, achava algumas brincadeiras meio tolas, se irritava com o comportamento maroto de outras crianças, não sorria muito nas fotos. A alegria da infância se converteu em um sentimento de inadequação e desconforto emocional. Se tornou muito fechada. Na escola encarava alguns comentários e atitudes dos colegas como algo depreciativo, deboche. E, realmente, crianças quando querem sabem ser cruéis. Borboleta reagiu a tudo isso criando uma cerca, onde só permitia o acesso de pessoas muito chegadas e que não representavam ameaça.

Muitos anos depois...Na vida adulta...

Ao entrar na juventude, Borboleta carregou durante alguns anos a impressão equivocada sobre si mesma que construiu na fase de transição da infância para a vida adulta. Sua autoimagem era distorcida, o que interferia na autoestima e na forma como se projetava nos diferentes meios em que estava inserida, bem como na forma como se relacionava com os outros. Enxergava as circunstâncias, as pessoas, o ambiente e a si mesma através da lente que passou a usar na adolescência.

Os valores e ensinamentos que recebeu dos pais, principalmente, sobre a fé cristã e a pessoa de Jesus foram determinantes para que passasse a enxergar com nitidez e verdade quem realmente era. Quando decidiu substituir a lente que distorcia sua visão pela lente cristalina do Espírito Santo percebeu sua verdadeira imagem. O amadurecimento e o senso de identidade em Cristo fizeram com que Borboleta abandonasse a antiga forma de ver e interagir com o mundo (2 Coríntios 3.18).

Com o passar do tempo Borboleta percebeu que naquela fase difícil a lente que usava impediu que enxergasse o mundo, as pessoas e as circunstâncias de forma positiva. Com a bênção da maturidade pôde entender que as pessoas não usavam a mesma lente que ela. A reaproximação anos mais tarde com alguns colegas permitiu uma reconciliação com aquele passado, o que se tornou possível em função da ausência de sua antiga lente.

Reflexão

Uma mesma situação é vista de diferentes maneiras, dependendo da lente que a pessoa usa. Essa lente é composta pela história de vida, crenças, ambiente em que se está inserido, relacionamentos, temperamento, personalidade, etc... Nem sempre ela nos faz enxergar as coisas como realmente são. Com a maturidade trocamos as lentes, mas há quem resista em permanecer enxergando as coisas da mesma forma. Uma questão de escolha!

Quando nos relacionamos com Jesus e permitimos que ele viva em nós, nossa visão vai sendo transformada, à medida que amadurecemos. Isso é graça! É um presente de Deus!

Borboleta, na verdade, era uma lagarta que, no processo natural da vida, criou asas e voou. Experimente sair da zona de conforto!

Fotos: Vanessa Sene Cardoso
Só observando... Que lente você usa?












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Perspectiva



Por Vanessa Sene Cardoso

“Tem gente que corre, e tem gente que ri de quem corre”. Esta frase foi dita pelo juiz federal e escritor William Douglas ao compartilhar, recentemente, em uma palestra, sua experiência ao participar de uma maratona, no Rio de Janeiro. Foi o 219º colocado entre 221 participantes e como ele mesmo disse, além de ultrapassar duas pessoas, venceu a si mesmo, uma vez que era seu desejo correr a maratona, tendo como maiores obstáculos o sedentarismo, o sobrepeso, a hipertensão. Durante o percurso, uma mulher de cerca de 70 anos, emparelhou com William e lhe disse: “Cuidado com o que você ouve”. E, em rápidas palavras, contou – antes de deixá-lo para trás - que foi chamada de “velha maluca”. Embora ele tenha ouvido, ao longo do trajeto, das pessoas que acompanhavam a prova, palavras de deboche e desencorajamento, como “lesma, tartaruga”, não se deixou desanimar. Venceu!

Histórias como essa são comuns em livros de autoajuda e palestras motivacionais. Mas deixando o clichê e os preconceitos de lado, precisamos de motivação em nossa vida, pois ela é um combustível para mudanças.

A motivação extrínseca - que vem das pessoas próximas ou das circunstância - é muito importante para nos impulsionar a sair da zona de conforto; mas ela, por si só, não tem um efeito duradouro, pois quando perdemos o incentivo dos amigos ou de outros fatores externos corremos o risco de estacionar ou voltar à estaca zero. Quando a motivação é intrínseca, ou seja, de dentro para fora, tende a produzir melhores resultados. Mas mesmo nesse caso estamos sujeitos a oscilações em nossas emoções, o que pode nos levar ao desânimo.

Como a motivação opera em nós impulsionando para a mudança? Não tenho uma resposta com base em pesquisas ou estudos científicos, e minha intenção com este artigo não é essa. Quero apenas compartilhar e promover a reflexão, a partir do que tenho experimentado em minha vida. Penso que o ponto de partida é conhecer a si mesmo, saber os pontos fortes e fracos, como funciono nas “engrenagens” da vida: trabalho, família, relacionamentos e outras. Minhas ações e reações diante das circunstâncias revelam muito a meu respeito. E aqui quero ressaltar que os verdadeiros amigos (e até os inimigos) podem nos ajudar a enxergar coisas a nosso respeito. Mas atenção! A percepção dos outros, e a nossa própria percepção devem ser levadas em conta no processo de mudança; mas vale ressaltar que ambas são apenas percepções, versões. Então, quem eu realmente sou? Saber a resposta a essa pergunta é fundamental, é o começo de tudo, é determinante para as mudanças que tanto almejamos.

Sou cristã e creio que ao receber Jesus tenho uma nova natureza. Essa é minha identidade. O Espírito Santo é quem produz a motivação interior para as mudanças. A videira produz uva. Simples assim. Muitas vezes damos mais importância para as versões de nós mesmos do que para quem somos de fato. Talvez as mudanças que tanto desejamos tenham outro nome: maturidade. Só amadurecemos se sabemos quem somos. No fundo é isso que queremos. Nosso relacionamento com Deus, em primeiro lugar; com nós mesmos; e com os outros nos levam ao amadurecimento.

Saber quem eu sou gera segurança e convicção de que existe um propósito de vida, e o resultado desse entendimento são as mudanças para melhor, o amadurecimento. Caminhando com Jesus é impossível permanecer na zona de conforto, porque ele sempre tem lições novas para nos ensinar, é uma fonte inesgotável de vida, conhecimento e sabedoria. O fato de perceber que preciso crescer já é um avanço, mesmo que, num primeiro momento, eu não consiga sair do lugar. A posição que assumo diante dessa condição também é fundamental: crescer ou permanecer na atual estatura. Ninguém pode tomar essa decisão por mim.

O Espírito Santo habita em você? É ele quem nos ensina e nos capacita em todas as coisas (João 14.26). Por isso, anime-se! Pois eu estou certo de que Deus, que começou esse bom trabalho na vida de vocês, vai continuá-lo até que ele esteja completo no Dia de Cristo Jesus (Filipenses 1.6 – NTLH). Eis a promessa!

Feliz 2018! Que nesse novo ano aproveitemos as oportunidades para crescer, e desfrutar de uma vida abundante, em Cristo Jesus.

Eis que faço novas todas as coisas (Apocalipse 21.5).


*Dei aos desenhos que ilustram esse artigo o título de “Meu retrato: dois pontos de vista”. As autoras são minhas sobrinhas. Elas me desenharam espontaneamente e em momentos diferentes. Presentes significativos para mim!


Para ouvir a palestra do juiz federal William Douglas, acesse aqui

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Sobre música...





Por Vanessa Sene Cardoso

Eu gosto de música, não conheço alguém que não goste. Talvez uns apreciem mais, outros, menos; uns vivem dela, outros a utilizam como meio de expressão. Quem não gosta não tem como fugir, pois ela está presente em toda parte. Hoje esse é o tema da minha reflexão.

A música é um excelente instrumento a serviço da razão. Por meio dela fazem-se críticas, protestos, manifestam-se opiniões. Como exemplo, temos a ditadura militar no Brasil. O regime não conseguiu calar os poetas que, por meio da música engajada, lutaram e enfrentaram a censura nas décadas de 60 e 70. Mas não podemos ignorar que a música é uma forma de expressar emoção, tocar sentimentos e, para isso, muitas vezes, prescinde das palavras, bastam ritmos, melodias, sons. Ela tem poder de transcender o mundo das ideias, a força da razão.

Os gemidos de lamento dos negros escravos na América, no século XVIII, projetavam toda dor, sofrimento e revolta. Talvez as palavras fossem insuficientes para expressar o que sentiam. Esses lamentos deram origem a um dos estilos musicais muito apreciados, o negro spiritual.

Penso que há momentos que temos que deixar de ser escravos da razão ou limitados por ela para experimentar algo profundo e desconhecido, sem medo! A música tem a virtude de tocar a alma das pessoas independentemente da idade, da raça, do gênero, da escolaridade, da nacionalidade, dos níveis cultural e intelectual. A razão que deveria nos libertar dos preconceitos, muitas vezes nos induz a eles, pois ela é influenciada por informações, conhecimentos adquiridos, histórico de vida, filosofias e por tudo isso, às vezes, bloqueia a emoção.

Razão e emoção se completam. Que tal, razão, dar um espaço para a emoção fluir?


Música: razão + emoção

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Quero ser como Maria



Por Vanessa Sene Cardoso

“Sede imitadores meus e observai os que andam segundo o modelo que tendes em nós” (Filipenses 3.17). Lendo a Bíblia encontramos vários exemplos de homens e mulheres que podemos seguir, mas hoje a nossa conversa é sobre as mulheres. Vamos relembrar de algumas?

Bom, comecemos por Eva. Que privilégio ser a primeira mulher com a missão importantíssima de auxiliar Adão a governar a terra. E Sara?! Experimentou o milagre de conceber o filho da promessa na velhice. Raabe, a cananita, teve atuação relevante quando os judeus conquistaram a terra prometida. Mas ela não era uma prostituta?! Pois é, mas essa mulher de “reputação duvidosa” tem lugar de destaque, faz parte da genealogia de Jesus. Temos Rute, a moabita, que pela cultura da época seria rejeitada no meio do povo de Israel, mas foi presenteada por Deus com um resgatador, seu marido, que a colocou em posição de honra. E essa estrangeira também foi incluída na árvore genealógica de Jesus. Ester é outro exemplo: salvou o seu povo de ser exterminado. Essas são apenas algumas mulheres e nem chegamos ao Novo Testamento!

Não poderíamos deixar de destacar Maria, mulher escolhida por Deus, para dar à luz a Jesus, nosso Salvador. Ela foi uma serva por meio da qual Deus se tornou humano. Realmente foi privilegiada! No Novo Testamento temos vários outros exemplos: Marta e Maria, irmãs de Lázaro, amigas de Jesus; Dorcas que era “notável pelas boas obras e esmolas que fazia” (Atos 9.36). Ela era muito amada e as mulheres com quem convivia sentiram tanto a sua morte que Deus, por meio do apóstolo Pedro, a ressuscitou. Os exemplos não param por aí...

A história continua sendo escrita: “Vocês mesmos são a nossa carta, escrita no nosso coração, para ser conhecida e lida por todos. Sim, é claro que vocês são uma carta escrita pelo próprio Cristo... Não foi escrita com tinta, mas com o Espírito do Deus vivo” (2 Coríntios 3.2-3 - NTLH). Olhando as mulheres da Bíblia, aprendemos com elas, mas são realidades que, às vezes, parecem um pouco distantes de nós. E hoje, no mundo em que vivemos, temos a quem imitar? Exercite a sua memória novamente! Pense em alguma mulher que você conhece. Creio que a resposta é sim. Há pessoas que são verdadeiras cartas vivas. É sobre uma delas que eu quero compartilhar.

A pequena Maria nasceu em 18 de abril de 1915, no interior de São Paulo. Era de uma família portuguesa e muito religiosa. Como grande parte das moças do início do século XX era prendada e foi preparada para ser esposa e mãe. Aos 19 anos casou-se. Com ela levou algumas imagens de quem era devota. Seu marido era cristão, e por meio do testemunho dele teve um encontro pessoal com Jesus. A partir de então começou sua caminhada na fé. Deus a abençoou com uma família numerosa. Teve quatro filhos e seis filhas, o primeiro morreu com poucos meses de vida, o que lhe trouxe muita tristeza e dor. Também passou por dificuldades financeiras, o marido foi perseguido e ameaçado no trabalho. Em todos os momentos, porém, não se desgarrou de Jesus.

A família foi aumentando, tornou-se a vó Maria. A vida pregava-lhe mais uma peça, seu companheiro ficou muito doente e faleceu. Começava uma nova etapa, mas ela sabia onde se derramar nos momentos de fragilidade e, ao mesmo tempo, encontrar forças para sua jornada: aos pés da cruz e nos braços do Pai. Entre tantos desafios que Deus tinha para essa filha, um deles se apresentou quando já estava com mais de 70 anos. Maria havia morado em várias cidades, talvez mais de 30. A maior parte no Paraná. Mas Deus a chamou para um local distante, mudou-se para o Mato Grosso do Sul. Lá abriu a sua casa para receber irmãos e irmãs na fé, e Deus foi acrescentando os que iam sendo salvos. Nasceu uma igreja.

Maria teve 21 netos e mais de 30 bisnetos. A partir dos 80 anos, quando lhe perguntavam como era ter aquela idade, dizia: “tenho canseira, mas não enfado”, numa alusão ao Salmo 90.10. Suas marcas eram a alegria, serenidade com que enfrentava as diversas situações da vida, sabedoria conquistada ao longo dos anos na presença de Deus, doçura, simplicidade. Era uma intercessora, amava sem esperar nada em troca porque sabia quem poderia supri-la. Em março de 2011, pouco antes de completar 96 anos, completou a carreira que lhe estava proposta, com perseverança sempre olhando firmemente para o autor e consumador da sua fé(Hebreus 12). Com certeza recebeu a coroa! 


Maria é minha avó, vi nela as marcas de Jesus, tenho lido essa carta viva. Posso dizer com toda convicção que ela é digna de ser imitada. Sua vida foi e é uma inspiração. “A quem honra, honra” (Romanos 13.7). 

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O que você espera?



Por Vanessa Sene Cardoso

Nos últimos dias tenho lido várias mensagens desejando saúde, paz, alegria, sucesso, prosperidade, realizações no ano novo. Uma amiga recomenda substituir as promessas pela pressa em ser feliz. Outro afirma que não adianta apenas ter tudo novo, sem um coração novo. Um amigo decidiu não mais se “(es)forçar a participar ou promover grandes celebrações, mas comemorar as pequenas vitórias do dia a dia”. Há quem não dê a menor bola para a “virada do ano”, afinal é uma data como outra qualquer, ou seja, é só virar a folhinha do calendário; e, por falar nisso, é bom não esquecer de trocar o calendário também.

As mensagens são bonitas. Embora se repitam a cada ano, são válidas, e acharíamos estranho se não fossem enviadas, compartilhadas. Afinal, culturalmente ou tradicionalmente, mesmo que muitos insistam em ignorar, a virada do ano é um marco, não pela data em si, 1 de janeiro, poderia ser 4 de maio, 7 de julho, 13 de outubro... Precisamos desse marco simbólico, nem que seja para jogar o calendário antigo fora, desfrutar uma semana de férias coletivas no trabalho, substituir a agenda. Dê a si mesmo uma oportunidade de pensar em coisas novas, fazer planos, nem que seja arrumar aquela gaveta que, há séculos, permanece intacta. A sensação é tão boa! Se você não é idealista, seja realista, mas não se deixe vencer pelo pessimismo (se bem que o pessimismo crê na mudança, mesmo que para pior, uma pena!), menos ainda pela indiferença, esta sim uma inimiga a ser vencida. Que tal colocar como meta vencer a indiferença? Se esse não é o seu caso, faça planos! Mesmo que, ao final do próximo ano, eles não tenham sido executados. Não importa! Insista! Ou, então, mude!

Quero dizer ainda, que concordo com o meu amigo que mencionei acima, prefiro comemorar todos os dias as vitórias alcançadas; as tristezas... também prefiro sofrê-las no momento, para não acumular. Tenho procurado aplicar em minha vida a recomendação do meu grande amigo Jesus: “Não vos inquieteis com o dia de amanhã, pois o amanhã trará os seus cuidados; basta ao dia o seu próprio mal” (Mateus 6.34). Confesso que não é fácil!

Não deixe que a preocupação com o amanhã faça parte dos seus planos para o futuro. Permita que sua alma descanse em Deus que é o Criador e dono do tempo. Ele está no controle de tudo e seus planos são perfeitos. Se você está em dúvida quanto ao que esperar ou planejar para os dias que virão, peça direção ao Espírito Santo.

Eu não pretendia escrever nada neste último dia do ano, mas quem nunca se “rendeu” a um clichê?!

Feliz 2017!

“Agora vou fazer uma coisa nova, que logo vai acontecer, e, de repente, vocês a verão...”(Isaías 43.19 - NTLH).

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Nada de esteira rolante



Por Vanessa Sene Cardoso

Quando você se depara com uma situação que lhe causa medo, como reage? É comum pedirmos para Deus tirar o nosso temor, e ele pode e faz isso, muitas vezes, instantaneamente. Penso que existe uma forma mais difícil, porém educativa, de lidar com essa condição da alma: enfrentar o que nos provoca medo. Quando nos dispomos a isso, logo ele desaparece. Esse, no entanto, é o X da questão. Enfrentar é como atravessar a porta sem saber o que tem do lado de dentro, (pior é o que imaginamos ter do lado de dentro, que nem sempre corresponde à realidade). Procurando o fio da meada encontramos o que precede o ato de enfrentar: a decisão de enfrentar. Não me refiro aqui a situações externas em que o medo funciona como um mecanismo de defesa ou proteção, como num assalto a mão armada, por exemplo.

Situações difíceis pelas quais já passamos e que nos causaram sofrimento; enfermidades; violência; perdas... Poderíamos enumerar vários fatores desencadeadores do medo. Entre tantos motivos, gostaria de destacar um que, se analisarmos bem, vamos perceber que pode ser a raiz de muitos outros: o desconhecido. Temos as nossas zonas de conforto. Pare e pense em uma delas. Vamos exercitar a imaginação:

Suponhamos que o que lhe causa medo seja mudar de emprego, algo que aguardou por tanto tempo. Finalmente a oportunidade aparece e você toma a decisão de enfrentar o desafio. A proposta de trabalho é boa, mas você não domina o serviço. No começo tudo é novo, os colegas lhe tratam com atenção, auxiliando em suas tarefas, o chefe pega leve nas cobranças e por aí afora. Mas depois de um tempo a “lua de mel” termina, tudo cai na rotina. E você se depara com as dificuldades: sente-se inseguro por não dominar as tarefas, tem que lidar com seus erros, começa a conhecer melhor os colegas, aparecem os primeiros sinais de conflitos. Um pensamento pode rondar a sua mente: “Demorei tanto para tomar coragem e mudar de emprego; deixei a minha zona de conforto, dei o primeiro passo, mas as coisas não fluíram como eu imaginava. Acho que tomei a decisão errada. Fui precipitado!”

Sair de uma condição confortável não é nada fácil. Damos um passo para fora da zona de conforto, e, muitas vezes, esperamos encontrar uma esteira rolante - afinal o mais difícil já foi feito - mas nos deparamos com uma escada. O fato é que subimos um degrau de cada vez, por isso é preciso paciência; a subida requer um pouco de esforço, o que, às vezes, provoca dor, por isso é preciso perseverança e foco; nem sempre enxergamos o que há lá em cima, por isso é preciso confiança; ao chegarmos ao topo, encontramos um degrau mais largo, uma espécie de “platô” (Ufa! Tempo de descanso!), mas descobrimos que logo vem outro lance de escada.

Podemos comparar essa escada ao crescimento. Deus quer que seus filhos amadureçam emocionalmente, nos relacionamentos, em todas as áreas da vida. Enfrentar os medos faz parte da nossa jornada rumo à maturidade. Como é bom saber que, em Cristo, temos capacidade para encarar toda e qualquer circunstância. O medo pode desaparecer de imediato, ou quando enfrentamos as situações, não importa a forma, e sim o propósito do nosso Pai.

Se você está passando por uma situação que lhe causa medo (ou não), agarre-se nesta verdade: No amor não existe medo; antes, o perfeito amor lança fora o medo (1 João 4.18).


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O algoz

Por Vanessa Sene Cardoso

Convido você a acompanhar a rotina de uma personagem fictícia, cujo nome é Horah. Tome fôlego e vamos lá!

Horah levanta às 6h30, vai para a cozinha preparar o café da manhã para o marido e os filhos. Enquanto a água ferve, acorda as crianças – elas vão despertando a “prestação” – o marido já está no banheiro se aprontando para o trabalho. Enquanto pai e filhos tomam café, é a vez de Horah se arrumar. Tudo pronto! O marido deixa as crianças na escola, e Horah, no serviço. Ela sai às 12h, pega o ônibus 12h05, vai para a escola buscar as crianças, segue para casa pra preparar o almoço. O marido chega às 13h, são apenas 20 minutos para a refeição, antes das duas da tarde Horah tem que deixar o marido no trabalho para ficar com o carro e dar andamento nas atividades e na rotina dos filhos: natação, futebol, inglês... Volta para casa quase cinco da tarde. Antes de buscar o marido no trabalho, passa no mercado, na padaria, e já está pensando no que vai fazer para o jantar e nas tarefas domésticas que a esperam no terceiro turno. Enquanto o marido ajuda com o jantar e acompanha as crianças nas tarefas da escola, Horah recolhe a roupa, coloca outras na máquina e olha para a pilha perto da tábua e do ferro de passar: – “Hoje não”! O telefone toca, Horah atende:

– Alô!
– Oi Horah, quem fala é a Prudência Remilda. Tudo bem?
– Oi amiga, quanto tempo?!
– Pois é, o tempo...
– Gostaria de marcar um horário para tomarmos um café e colocar o papo em dia. Quando você pode?
– Hum... Gostaria muito, mas estou na correria, acho que essa semana não vai dar. Uma pena! Vou me programar – Horah estava conversando com a Prudência, mas o pensamento estava na lista de coisas por fazer.
– Tudo bem. A gente se fala depois, então. Até mais!
– Tchau.

Depois de fazer tudo que estava programado - inclusive oração e leitura bíblica em família - e colocar as crianças para dormir, Horah e o marido sentam um pouco na frente da televisão e Z Z zzzz... Vencidos pelo cansaço! Ufa! Agora é só aguardar o despertador anunciando o começo de um novo dia.

Você se identificou com Horah? Talvez a sua realidade e rotina sejam bem diferentes, mas uma coisa é certa, todos estamos sob a opressão de um mesmo algoz: o tempo (pelo menos é o que pensamos!). Que tal dar uma pausa na leitura desse artigo para refletir e, quem sabe, descrever a sua rotina? Desafio você a pegar caneta e papel ou digitar tudo o que faz no dia, na semana. Como tem utilizado o tempo? Talvez você descubra que o seu algoz é outro.

Urgências, emergências, intercorrências, interrupções, falta de limites, excesso de ócio são alguns dos usurpadores do tempo. Por mais que se faça um planejamento, ninguém está livre deles. Mas não precisamos nos deixar dominar por esses intrusos.

Na era da tecnologia, da comunicação virtual em tempo real somos bombardeados pelo excesso de informações, o que, muitas vezes, prejudica a comunicação, provocando ruídos. Minha intenção não é transformar a tecnologia, as redes sociais em vilãs. Elas podem poupar nosso tempo ou roubá-lo. Depende de nós.

Você já deve ter ouvido a frase: “Se tiver que dar uma tarefa para alguém, procure uma pessoa que tenha muita coisa para fazer”. Pois quem tem “tempo de sobra” pode acabar caindo na tentação da procrastinação. O excesso de ocupação e a falta do que fazer não refletem o equilíbrio. Talvez você esteja pensando: “ela fala isso porque não conhece a minha rotina”.

Pode soar como um clichê, mas o fato é que o tempo é o mesmo para todos. A vida moderna é cheia de desafios, mas podemos recorrer ao Espírito Santo que nos ensina todas as coisas e ele pode nos ajudar a administrar o uso do tempo. Quais são as prioridades? Elas podem variar conforme o momento da sua vida. Abrir mão de alguma coisa agora, não significa fazer isso para sempre. Planejar é importante. Se a tomada de decisão for difícil, busque ajuda. Onde não há conselho fracassam os projetos, mas com os muitos conselheiros há bom êxito (Provérbios 15.22). Você que é filho de Deus recorra a ele.

Deus orienta os seus filhos por meio do apóstolo Paulo: Portanto, vede prudentemente como andais, não como néscios, e sim como sábios, remindo o tempo, porque os dias são maus. Por esta razão, não vos torneis insensatos, mas procurai compreender qual a vontade do Senhor” (Efésios 5.15-17).

Quem é o seu algoz? Você consegue identificá-lo? Se pensar bem e for honesto consigo mesmo vai perceber que não é o tempo. Liberte-se!

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Falando comigo



Por Vanessa Sene Cardoso



“Relacionamento não é fácil ainda mais quando envolve outra pessoa”. Soltei essa frase numa conversa descontraída com uma amiga certa vez. Rimos muito!! A princípio era uma frase sem sentido, uma brincadeira, afinal até soa meio redundante. Mas confesso que depois fiquei refletindo no que isso significa. E não é que encontrei um sentido!


A pessoa mais próxima de nós, somos nós mesmos. Não posso ir a lugar nenhum sem a minha companhia. Estou comigo em todos os momentos: alegres, tristes... Você já parou para conversar e, principalmente, para ouvir a si mesmo? Parece estranho, mas não é. Há pessoas que não conseguem ficar sozinhas. Quando se encontram sós não têm assunto com a pessoa mais próxima: ela mesma. Entram em pânico com medo da solidão. O fato de não nos conhecermos, ou não termos um bom relacionamento com nós mesmos, muitas vezes, reflete no relacionamento com os outros.



Pai, Filho e Espírito Santo são uma pessoa e se relacionam entre si. É um mistério! Em Gênesis 1.26 lemos: “Façamos o homem à nossa imagem, conforme a nossa semelhança”. Vamos seguir o exemplo de nosso Pai! Jesus também nos deixou dois mandamentos: “Ame o Senhor, seu Deus, com todo o coração, com toda a alma e com toda a mente. Este é o maior mandamento e o mais importante. E o segundo mais importante é parecido com o primeiro: ame os outros como você ama a você mesmo” (Mateus 22.37-39). Sempre destacamos o amor a Deus e ao próximo e nos esquecemos de amar a nós mesmos. Não se trata de egocentrismo e, sim, de estar contente e confortável em ser quem você é: filho de Deus.



O Espírito Santo nos ensina todas as coisas, ele pode nos ensinar a ter momentos de solitude e nos relacionarmos conosco de forma saudável. É bom que fique claro que não estou falando de individualismo, isolamento nem de solidão. Quando nos damos bem com nós mesmos temos relacionamentos melhores com os outros.


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Quem somos



Por Vanessa Sene Cardoso

O ser humano é uma das obras mais fantásticas da criação. Basta observar a harmonia que existe na sua constituição fisiológica, órgãos, membros, tudo funciona perfeitamente, como uma engrenagem. E o que dizer do cérebro, do intelecto, da capacidade de criação, de compreensão, motricidade, de sentir, interagir, interferir e influenciar o meio?! Destaque também para a capacidade de relacionamento. Mas apesar de tudo isso, não passa de um simples ser humano limitado. Não tem poder para controlar - embora alimente essa ilusão - principalmente o tempo: passado, presente e futuro; nem as circunstâncias. Ah! Mas ele pensa que pode!

O ser humano com toda sua capacidade e competência, não consegue acrescentar um dia ao curso de sua vida, não sabe quantos fios de cabelo há na sua cabeça. Parece simples, não é? Para quem já chegou aonde chegou: na lua, descoberta do código genético, clonagem de animais, avanços tecnológicos em diversas áreas, etc. Apesar de tudo, permanece um “incômodo inconformismo”. É que o brilhante ser humano quer ocupar um lugar que não é dele, e sim, de Deus. Afinal, com todo esse currículo, ele bem que parece, mas não é.

Quando assimilamos isso, eliminamos um fardo das nossas costas. Podemos usufruir de todo o talento, capacidade, habilidade, sem necessidade de estar no controle, afinal, o Autor e Criador sabe, melhor do que ninguém, cuidar da sua criação.

Parecemos tanto com o nosso Criador que nos confundimos com ele. Imagine a seguinte cena: quando olhamos para a tampa de metal de uma lata de achocolatado em pó vemos o nosso rosto, mas não nitidamente, certo? Mas sabemos que se trata do reflexo de nossa imagem um tanto distorcida. Deus nos criou (a raça humana) à sua imagem e semelhança (Gênesis 1.27), mas à medida que o ser humano se afastou dele, perdeu o referencial, e sua imagem perdeu a nitidez. Longe de Deus não sabemos quem somos, ou melhor, não somos. Sem Deus estamos mortos espiritualmente (Efésios 2.1-10). Basta olharmos ao nosso redor - ou para nós mesmos - e perceber quanta gente em crise existencial, crise de identidade. Muitos buscam respostas na religião, nos vícios, na idolatria, nas boas obras, nos relacionamentos e até mesmo em servir a Deus... Queremos algo ou alguém que supra esse vazio existencial, alguém que seja alvo da nossa entrega, fé e devoção. O fato é que nos tornamos semelhantes ao objeto da nossa adoração.

Voltando um pouco ao Jardim do Éden (Gênesis 3), quando o homem não acreditou que era perfeito, completo e tinha tudo que precisava, deixou-se enganar pela serpente e comeu do fruto da árvore do conhecimento do bem e do mal. Naquele momento ele morreu espiritualmente, foi separado de Deus. O pecado distorceu, não só sua imagem, mas desfigurou sua alma e o seu corpo.

Como recuperar quem sou, minha essência original? Nascendo de novo, essa foi a resposta de Jesus (João 3.1-8). Quando recebemos a vida gerada pelo Espírito Santo, nos tornamos filhos de Deus e voltamos a ser quem ele planejou que fôssemos. Recebemos o seu DNA. A partir daí começa uma jornada de crescimento. À medida que nos tornamos mais íntimos do Pai, experimentamos o amadurecimento, ao mesmo tempo, a maturidade nos permite usufruir de um relacionamento mais profundo com Deus. Nesse relacionamento vamos conhecendo melhor o nosso Pai, passamos a nos enxergar com mais nitidez, nos sentimos mais confortáveis em ser quem somos, e descobrimos a razão e o propósito da nossa existência.

É isso que você está buscando? Jesus fez tudo por você. Receba a vida dele!

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Você sabe o que quer?




Por Vanessa Sene Cardoso

“Ele é cheio de querer”. Essa expressão lhe é familiar? Se puxarmos pela memória vamos perceber que, desde a infância, somos cheios de “querer”. A criança, normalmente, quer a atenção da mãe. Na adolescência é normal querer fazer parte da turma. Na fase adulta o nosso querer, em algum momento, vai ficando mais subjetivo. A nossa motivação para querer algo pode ser necessidade, carência ou, simplesmente, o desejo natural do ser humano por uma conquista nas áreas material, intelectual, emocional, afetiva, espiritual... Enfim, querer faz parte da vida.

“Que queres que eu te faça?” Essa pergunta feita por Jesus ao cego de Jericó me deixava intrigada. Incentivo você a ler o texto completo em Marcos 10.46-52. Vamos à história! Quando Jesus saía da cidade, juntamente com seus discípulos e uma grande multidão, encontrou pelo caminho, Bartimeu, que era cego de nascença. Ele já tinha ouvido falar de Jesus e seus milagres. Quando percebeu quem estava cruzando o seu caminho, não hesitou:

                ─── Jesus, Filho de Davi, tem compaixão de mim!

Mesmo sendo repreendido pelas pessoas, insistiu:

                ─── Jesus, Filho de Davi, tem misericórdia de mim!

Jesus ouviu Bartimeu, parou e mandou chamá-lo. Ele, mais que depressa, foi até Jesus.
               
              ─── O que você quer que eu lhe faça? – perguntou Jesus.

Vamos dar uma pausa na história para uma reflexão. O que uma pessoa cega, diante de alguém capaz de curá-la poderia querer? Não parece óbvio?! Confesso que durante muito tempo não entendia porque Jesus fez essa pergunta.

Bartimeu era cego desde que nasceu, sua vida estava adaptada a essa realidade, ele dependia, em parte, de outras pessoas. O que aconteceria se ele voltasse a ver? Sua vida mudaria radicalmente. Imagine: passando a enxergar, teria acesso a um mundo diferente do que estava acostumado exercitando os outros sentidos. Toda mudança gera insegurança e estresse, mesmo que seja para melhor. Ele teria mais autonomia para ir e vir, sem depender de outros. Deixaria de ser vítima, em função de sua deficiência. Quem sabe perderia a atenção de algumas pessoas, já que não seria mais alvo de piedade. Será que quando queremos algo temos consciência das implicações em nosso estilo de vida?

Essas são apenas algumas considerações sobre as mudanças que a cura da cegueira iriam produzir na vida de Bartimeu. Às vezes queremos algo, mas não estamos preparados ou não temos consciência do que acontecerá se Deus atender nosso pedido. Vamos voltar à história! Bartimeu respondeu a Jesus:

─── Mestre, que eu torne a ver.

Jesus lhe disse:

─── Vai, a tua fé te salvou.

E imediatamente tornou a ver e seguia Jesus.

Provavelmente, a pergunta do Mestre fez com que o cego refletisse sobre o que, realmente, desejava. Ele queria ver, mas tomou a decisão mais importante de sua vida: seguir Jesus. Jesus sabe o que é melhor para nós. Ele quer fazer parte da nossa vida e, não apenas, dar o que queremos. Afinal o que representa uma cura ou qualquer outra bênção diante da vida eterna com Deus?

Somente Cristo em nós pode produzir uma transformação de dentro para fora. Ele pode abrir os nossos olhos físicos, sim, mas também abrir os olhos da fé para que possamos enxergar a realidade espiritual. Isso faz toda a diferença!
               
               

Você sabe o que quer?

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PREMEBAIN: 40 anos depois...


Por Vanessa Sene Cardoso

Dos meus 2 anos aos 5 frequentei os cultos em que o PREMEBAIN cantava. A imagem em minha mente é meio estática, alguns rostos me são familiares, outros não, mas a alegria daqueles jovens e as músicas que eles cantavam, essas, sim, são muito vívidas. Lembro-me como se fosse hoje: “Então se verá o Filho do homem vindo sobre as nuvens com poder e glória”. “Satisfação é ter a Cristo; não há melhor prazer já visto; sou de Jesus e agora eu sinto satisfação sem fim...” “Ele é realidade, ele é realidade... Jesus é real”.  No sábado, 12 de março de 2016, tive uma experiência em que foram reavivadas essas lembranças da minha primeira infância. E, embora naquela época não tivesse entendimento, isso ficou marcado na minha memória. E por falar em memória, vamos lá! Para quem não é dessa época ou não sabe do que estou falando, vou compartilhar um pouco dessa história.

Cornélio Procópio, Paraná, junho de 1973

O Conselho de Pastores de Cornélio Procópio convidou os jovens das igrejas evangélicas para ajudar na organização de um evento na cidade. Atenderam ao chamado membros das igrejas Presbiteriana do Brasil, Metodista, Batista e Presbiteriana Independente. Desse encontro veio a ideia de montar um grupo interdenominacional que teria como objetivo falar do amor de Deus. Foi aí que surgiu o PREMEBAIN, nome composto pelas iniciais das quatro igrejas.

Era uma época muito conturbada, anos 70, quando a juventude vivia um liberalismo desenfreado; apologia às drogas; “sexo livre, amizade colorida”; uma revolução nos valores e comportamento. Foi nesse período também que igrejas se dividiram por divergências doutrinárias. A criação do grupo teve um significado especial naquele momento.

Os jovens realizavam encontros, serenatas, reuniam-se na Praça Botafogo para orar todo fim de tarde, ao saírem do trabalho e antes de ir para a escola. Até para um festival artístico organizado pela prefeitura foram convidados e, para surpresa deles, levaram o troféu. Ah! Tinham uma coluna no jornal da cidade.

O que mais marcou aquela geração de jovens foi a experiência de compartilhar a vida e a esperança que eles tinham em Cristo. A família cristã ganhou novos membros e aquela turma participou do mover do Espírito Santo.

O PREMEBAIN encerrou as atividades em 1976, pois os integrantes entenderam que, como grupo, tinham cumprido sua missão. Há um tempo para todo propósito debaixo do céu (Eclesiastes 3.1). Cada um seguiu seu caminho sendo discípulo e fazendo discípulos de Cristo, onde foi colocado pelo Senhor.

Cornélio Procópio, Paraná, março de 2016

Depois de 40 anos de encerradas as atividades, a turma do PREMEBAIN se encontrou novamente. Quantas histórias, mudanças, perdas, encontros, desencontros... Nem todos estavam presentes, mas em quem estava, apesar de algumas marcas do tempo, era visível a mesma alegria e satisfação de pertencer a Cristo. Eles cantaram e eu estava lá, como quando era criança; as músicas despertaram a minha memória; não foi só nostalgia, mas a memória que nos traz esperança: “Satisfação é ter a Cristo... Logo, em glória, eu hei de vê-lo...Satisfação sem fim”.

O bispo da Igreja Metodista, João Carlos Lopes, integrante do PREMEBAIN foi quem compartilhou a palavra no culto. E ele iniciou a mensagem lendo um texto bem apropriado ao momento: “Lembrem do passado, daquilo que aconteceu há muitos anos. Perguntem aos seus pais o que foi que aconteceu e peçam aos velhos que lhes contem o que se passou” (Deuteronômio 32.7 – NTLH). Ele destacou quatro características do PREMEBAIN que marcaram a existência do grupo: a unidade com propósito; o respeito às diferenças (cada denominação tem as suas peculiaridades, mas a fé em Cristo as suplanta); bom testemunho; reconhecimento do momento de parar. As atividades do grupo terminaram, mas o que os une permanece: a aliança em Cristo e a missão de fazer discípulos. Assim como Jesus encontrou os onze discípulos após a ressurreição, os encontros continuam de geração em geração até o encontro definitivo descrito em Apocalipse 7.9-10.

Gostaria de destacar os versículos 8 e 9 de Deuteronômio 32: “Quando o Altíssimo separou os povos e deu a cada povo as suas terras, ele marcou as fronteiras das nações... Mas escolheu Israel para ser o seu povo; os descendentes de Jacó pertencem ao Senhor” (NTLH). Jesus nos incluiu na aliança, o que nos permite fazer parte da sua família, do seu povo. E esse é o desejo de Jesus: uma grande família. Antes de morrer ele orou:“Não rogo somente por estes, mas também por aqueles que vierem a crer em mim, por intermédio da sua palavra; a fim de que todos sejam um; e como és tu, ó Pai, em mim e eu em ti, também sejam eles em nós; para que o mundo creia que tu me enviaste” (João 17.20-21).

Louvo a Deus por ter me dado o privilégio de ir conhecendo a Cristo desde a minha infância. Se você ainda não faz parte da família de Deus, não perca tempo! Nosso encontro face a face com Jesus se aproxima. Vai ser uma grande festa!!!

"Ensina a criança no caminho em que deve andar, e, ainda quando for velho, não se desviará dele" (Provérbios 22.6).



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Amar sem gostar?!


Por Vanessa Sene Cardoso

“Eu não vou muito com a cara dele. Não me fez nada, mas sem saber porque, não simpatizo com ele”. “Ela me trata com hostilidade sem motivo aparente, e não quer conversa; prefiro evitar a convivência”. Você já disse ou pensou algo assim? Sendo cristão, como se sentiu? Culpado? Em desacordo com a conduta que deve ter um filho de Deus? Afinal, aprendemos que, como discípulos de Jesus, temos que amar o próximo. Espera lá! Amar. E não, necessariamente, gostar. Mas não é a mesma coisa? Quem ama, gosta. Será que é sempre assim? Então, porque você se identificou com as situações acima? Vamos refletir um pouco sobre “amar” e “gostar”.

De acordo com o dicionário Priberam, gostar significa: Apreciar; ter prazer em ver ou em sentir; ter inclinação; achar-se ou dar-se bem; simpatizar; ter satisfação em. Gostar de alguma coisa ou de alguém envolve uma escolha ou sentimento do ser humano, é algo variável, que pode mudar de acordo com as circunstâncias ou com as perspectivas. Tem a ver com a sua história de vida, meio onde está inserido, personalidade e outras características individuais.

Mas na Bíblia encontramos o mandamento de Jesus que é para todos os seus seguidores: “Amarás o teu próximo como a ti mesmo” (Mateus 22.39). Para o filho de Deus, amar é uma ordem e não uma escolha pessoal. Amar nem sempre envolve sentimentos, tem mais a ver com caráter, decisão, obediência e, principalmente, identidade; afinal, Deus, o nosso Pai, é amor (1 João 4.8).

O fato de não gostar de alguém não me permite maldizer ou tratá-lo com hostilidade. Independentemente do que sinto, posso ser gentil e respeitoso no contato com as pessoas, pois essas atitudes são fruto do caráter e não das emoções.

Preciso conviver com quem não gosto? Podemos evitar, mas nem sempre isso é possível. Então o que fazer? Voltando às situações apresentadas no início do texto: imagine que aquele cara que você não topa é seu colega de trabalho e está passando por necessidades na área financeira, e você tem como ajudar, o que o impede de fazê-lo? O sentimento? Não é necessário gostar de alguém para ser bênção na vida dessa pessoa. Agora imagine que aquela que lhe trata com hostilidade está sofrendo de depressão profunda, lutando com perturbação noturna, por que não orar por ela? Quem sabe o amor prático não mude o sentimento? Prepare-se! Você pode se surpreender! Mas mesmo que isso não aconteça, gostando ou não de determinada pessoa, decida amá-la em Cristo, mesmo que a distância.

“Se possível, quanto depender de vós, tende paz com todos os homens” (Romanos 12.18). Fica a dica de leitura: Romanos 12.9-21.

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Por que não?



Por Vanessa Sene Cardoso

Quando éramos crianças, muitas vezes, não entendíamos o porquê do “não”. Ficávamos irados, fazíamos birra, desobedecíamos e acabávamos dando com os burros n’água. Será que era praga dos mais velhos? Ou será que era a experiência? Ai como era irritante ouvir a seguinte frase: “eu já passei por isso, tenho experiêeeeencia...”
                
Para atravessar a rua a regra é: “não atravessar sozinho, só de mãos dadas com um adulto”. Quando muito nova, a criança não entende alguns conceitos como risco, perigo, morte, não adianta argumentar, por isso vale algo mais concreto, objetivo: sim ou não. A regra “atravessar a rua de mãos dadas com um adulto” foi aplicada para transmitir o princípio “é preciso tomar cuidado ao atravessar a rua para evitar um acidente”. Quando crescemos essa regra perde a validade, pois assimilamos o princípio. E o mesmo acontece em outras áreas de nossa vida. O “não” é educativo, é protetor, no momento certo, é claro!

Um pré-adolescente, um adolescente, um jovem têm condições de abstrair; nesse caso é possível argumentar, e o diálogo é essencial. Mas nessas etapas da vida, agimos muito por impulso, o que vale é o momento, o calor das emoções, temos dificuldade de enxergar “virando a esquina”. É aqui que entra a tão rejeitada “experiêeeencia” dos mais velhos. Eles já foram treinados pela vida e sabem o que tem “virando a esquina”. Por isso como escreveu o rei Salomão, um dos homens mais sábios que já existiram: “Para ser sábio, é preciso primeiro temer a Deus, o Senhor. Os tolos desprezam a sabedoria e não querem aprender. Meu filho, escute o que o seu pai ensina e preste atenção no que sua mãe diz. Os ensinamentos deles vão aperfeiçoar o seu caráter, assim como um belo turbante ou um colar melhoram a sua aparência” (Provérbios 1.7-9 - NTLH). Salomão escreveu o livro de Provérbios depois de ter “virado várias esquinas”.

As regras não deveriam deixar de valer para os adultos? Essa é uma questão difícil, pois ser adulto nem sempre quer dizer ter maturidade, seja emocional, intelectual, espiritual. Para muitos talvez tenham faltado alguns “nãos” afirmativos, ou seja, com a finalidade de contribuir no crescimento. O “não” é importante em todas as fases da vida.

Tudo isso parece tão óbvio, mas de óbvio não tem nada, pois as pessoas são complexas; um conjunto de crenças, valores, aprendizados, culturas e muito mais, influencia na formação de cada um. Se existisse bom-senso provavelmente não haveria necessidade de tantas regras, mas afinal, o que é o bom-senso?

O ideal seria viver numa sociedade onde não fosse necessária uma infinidade de regras, mas como muitos princípios para a convivência não são assimilados, precisamos ser limitados por elas.

Certa vez, quando Jesus foi questionado pelos líderes religiosos da época, sobre a lei, ele respondeu:

—“Ame o Senhor, seu Deus, com todo o coração, com toda a alma e com toda a mente. Este é o maior mandamento e o mais importante. E o segundo mais importante é parecido com o primeiro: Ame os outros como você ama a você mesmo” (Mateus 22.37-39 – NTLH).

Quem sabe em outro artigo falaremos sobre o “sim”. Aliás, não seria o amor o substituto do “não” e do “sim”?!


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O limão e as palavras

Existe alguma relação entre esta fruta e a grafia de nossos pensamentos? Sim e não. Temos a liberdade de associar uma coisa a outra. Depende do quanto damos “linha na pipa” de nossa imaginação. Como nominei este espaço de "Limoeiro", tentarei justificar a escolha.

O processo 


Tudo começa na semente, depois vem a muda, flor, e fruto, numa simples descrição do cultivo. E não termina aí. O fruto tem semente que, lançada ao solo, dá origem a um novo processo. Uma semente pode resultar num “pomar” de limoeiros.


Com as palavras acontece algo semelhante. Elas são como sementes. Quando as escrevemos é como se estivéssemos lançando-as na terra, elas dão vida aos pensamentos e, compartilhadas, têm o poder de influenciar e provocar mudanças em quem as recebe, assimila e transforma em algo prático para a vida.

Vale ressaltar que o universo foi criado pela palavra de Deus (Hebreus 11.3).

Características do limão

Ele é azedo, mas tempera os alimentos. Seu sabor é marcante e não passa despercebido. Com água e um pouco de açúcar é um ótimo refresco em um dia quente. Ele tem propriedades medicinais que contribuem na desintoxicação do organismo. A cor verde simboliza esperança, nesse caso estou “subjetivando”.
As palavras também marcam a vida das pessoas, podem trazer alívio, clareza, esperança. Podem destruir ou construir um ambiente melhor, provocam transformações.

Para encerrar

Que tal essa comparação? Posso ter forçado a barra para justificar o título do meu blog, mas se para você isso não faz sentido, tenho uma explicação mais simples: limão é a minha fruta favorita.


Por Vanessa Sene Cardoso 16.06.15


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O livro


Quem gosta de ler sabe o valor deste simples objeto que pode dar vida à imaginação, despertar sensações, estimular a reflexão, proporcionar conhecimento, gerar indignação, produzir inquietação, fazer rir, chorar, mexer com as emoções, apresentar novas ideias, revelar um mundo novo... ou servir apenas como "passatempo".

Por Vanessa Sene Cardoso - 29.06.15 

Não pretendo abrir mão desta tecnologia.Vídeo extraído da internet.

2 comentários:

  1. Olá Vanessa...passei pra conhecer seu blog e achei bem legal, gostei do "Limoeiro" pois de fato é possível várias e boas alusões com o nome. Gostei também de achar aqui esse vídeo, eu já o conhecia e para mim é o melhor vídeo sobre livro que já vi. Achei muito interessante a apresentação que ele faz do livro como sendo uma tecnologia de ponta com várias vantagens e benefícios, pois é assim que vejo os livros. Não sou nenhum inimigo da tecnologia (olha eu aqui usando da tecnologia...rsrs ) pois comprovadamente traz agilidade e facilidades. Infelizmente tem pessoas que acabam se tornando escravas, verdadeiros dependentes da tecnologia como celulares, tablets e etc pelo uso sem moderação. Felizmente desse mal não morrerei...kkk. Finalizando sou dos que acham que uma boa leitura deva ser feita mesmo num bom e velho livro! Abraço. Marcos

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    1. Agradeço sua visita ao Limoeiro. Sou amiga dos livros também...rsrs. Saiba que você é muito bem-vindo ao meu blog. Apareça quando quiser.

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