terça-feira, 31 de dezembro de 2019

Em 2019, meu namorado me inspirou





Por Vanessa Sene Cardoso

Nesta última manhã de 2019 recebi um vídeo do meu namorado em que um cachorro, com seu latido, enfrenta um leão e sua companheira. Quem postou o vídeo em uma rede social usou a seguinte legenda: “Quando alguém é sem noção”. O Ricka, ao compartilhar comigo, escreveu: “Eu tô igual ao cachorrinho”. Era uma brincadeira que, a princípio, até não achei muita graça.

Em seguida recebi em um grupo de Whatsapp uma mensagem de despedida do ano que se vai, e encorajamento para o que se aproxima, com base no texto de Josué 1.9: “Lembre da minha ordem: ‘Seja forte e corajoso! Não fique desanimado, nem tenha medo, porque eu, o SENHOR, seu Deus, estarei com você em qualquer lugar para onde você for!’” (NTLH).

O vídeo e o texto bíblico parecem não ter nada a ver um com o outro, mas a frase bem-humorada do meu namorado fez uma conexão entre os dois. Coragem, ânimo, fé e confiança em Deus foram marcas na vida dele ao longo de 2019 e que me inspiraram. As batalhas foram muitas, mas, realmente, o Ricka não se intimidou. Agiu como o protagonista do vídeo: foi para cima das ameaças e adversidades cotidianas; assim como Davi enfrentou Golias, em nome do Senhor dos Exércitos e não com “armas” ou apenas recursos humanos (1 Samuel 17.37-50).

Em Deus, nossos recursos são potencializados; os “cinco pães e dois peixes” são multiplicados. E a fé depositada na pessoa certa – Jesus – nos faz experimentar o impossível.

"Aqui está um rapaz com cinco pães de cevada e dois peixinhos, mas o que é isto para tanta gente?"

Disse Jesus: "Mandem o povo assentar-se". Havia muita grama naquele lugar, e todos se assentaram. Eram cerca de cinco mil homens.

Então Jesus tomou os pães, deu graças e os repartiu entre os que estavam assentados, tanto quanto queriam; e fez o mesmo com os peixes.

Depois que todos receberam o suficiente para comer, disse aos seus discípulos: "Ajuntem os pedaços que sobraram. Que nada seja desperdiçado".

Então eles os ajuntaram e encheram doze cestos com os pedaços dos cinco pães de cevada deixados por aqueles que tinham comido (João 6.9-13 – NVI).

Com esse episódio da vida de Jesus, encerro meu artigo. Que em 2020 tenhamos coragem e fé em Deus para seguir em frente cumprindo o propósito dele para nossa vida.

Ricka, você tem muita NOÇÃO da vida em Cristo. Feliz Ano Novo! Amo você.

Assista ao vídeo do cachorrinho corajoso...rsrsr aqui.



sábado, 12 de outubro de 2019

Sempre presente


Por Vanessa Sene Cardoso 

Adaptação do texto de Rodolfo Montosa para o livro "Ouvindo Jesus de A a Z" (versão infantil)

Olá! Convido você para passear. Use a sua imaginação, combinado?! Vamos entrar no avião, colocar o cinto de segurança. Pode sentar ao lado da janela. Estamos subindo. Atravessamos as nuvens. Olhe! Estamos longe do chão. Tudo ficou pequenininho lá embaixo. Até parece uma cidade de brinquedo. Não se preocupe! Eu sou Jesus e, bem aqui no alto, estou com você.

Agora nós vamos para outro lugar. Que tal mergulhar?! Você prefere na piscina ou no fundo do mar? No fundo do mar tem mais coisas legais para ver, não é?! Peixes, algas... Coloque o equipamento de mergulho. Pronto. Vamos! Veja como tudo é lindo por aqui. Não precisa ter medo, porque estou com você aqui embaixo da água.

Chega de passeio. Vamos brincar de esconde-esconde. Chame seus amigos. Já sei um lugar legal para ser nosso esconderijo, aonde ninguém vai nos encontrar. Debaixo da cama. A luz está apagada. Não tenha medo, pois estou sempre com você, mesmo no escuro.

Gosto muito de estar junto com você, em qualquer lugar. Nunca lhe deixo sozinho. Sabe por quê? Porque moro no seu coração. Por isso, pode ter certeza que não vou abandonar você. Onde for, irei também.

Quando você acorda, toma o seu café, brinca, almoça, vai para a escola, faz as tarefas, toma banho, dorme, eu estou ao seu lado.

Fico juntinho com você nos momentos ruins, tristes e de medo. Quando está doente, quando seu amigo não quer brincar, quando a tarefa da escola é difícil, ou quando perde seu bichinho de estimação. Pode me pedir ajuda, estou pronto para defender e proteger você.

Mas também estou na sua festinha de aniversário, cantando parabéns, pois me sinto feliz porque você existe. Sempre que acontece alguma coisa boa na sua vida, eu pulo de alegria. Como já disse, estou pertinho.

Lembre-se! Estou presente hoje na sua vida, e estaremos juntos para todo o sempre.

*O livro pode ser adquirido em Multiplicação da Palavra. Acesse aqui.

domingo, 11 de agosto de 2019

PAI



Por Vanessa Sene Cardoso
Foto: Eduardo Sene Cardoso


Datas comemorativas, por mais que tenham um apelo comercial, acabam servindo para reflexão. Talvez porque o tema esteja estampado por todo lado: internet, TV, impressos, outdoors, vitrines. O comércio quer vender. Mas na correria do dia a dia, muitas vezes, não paramos para pensar. E, pelo menos, a data comemorativa, ainda que seja uma tradição, atrai a nossa tão concorrida atenção, mesmo que por pouco tempo.

É comum a gente ouvir: todo dia é dia dos pais. Concordo. Mas, sabendo disso, quem de nós comemora? Esse reconhecimento é feito por meio do respeito, do carinho, do relacionamento diário. Ótimo. É o que deve ser. Mas acho válido separar um dia para homenagear e presentear nossos pais.

Bom, quero falar do meu pai. Primeiramente, ele é PAI. Não é clichê e não digo isso por ser dia dos pais. Ele sabe o que significa para mim. Foi olhando para o meu pai, Samuel, que eu pude conhecer Deus, o meu Pai. Esse é o maior tesouro que recebi na minha vida, e é para a eternidade.

Quando a paternidade é exercida, mesmo que de forma imperfeita, ela produz equilíbrio na vida de um filho. Ele percebe, por meio da presença, das palavras, dos gestos, dos limites, do amor, das falhas, o senso de pertencimento. E é assim que me sinto. Sou filha amada do meu pai Samuel e do meu Pai Eterno. Na verdade sou filha e, ao mesmo tempo, irmã do meu pai. Só Deus mesmo para fazer uma coisa dessas. E melhor, nunca vamos nos separar.

Escrevo essas palavras para expressar, de forma pública, o que ele já sabe no privado, o amor, o respeito, a admiração, o reconhecimento e a honra ao meu pai.

Vou parando por aqui, pois nenhuma palavra é capaz de expressar o que o meu pai representa para mim.

Amo você para sempre, PAI.



A foto abaixo é do lançamento do meu primeiro livro. Meu pai sempre foi meu maior incentivador para escrever.



sexta-feira, 28 de junho de 2019

Desligue falsas identidades




Por Vanessa Sene Cardoso

Quando somos apresentados a alguém, dizemos nosso nome. Em algumas situações, isso não é suficiente para nos identificar, precisamos mostrar RG ou certidão de nascimento, que comprovam nossa existência civil. Nome e documentos são passíveis de falsificação, não são extremamente confiáveis para identificar uma pessoa. Há algo, porém, que é individual e intransferível: as impressões digitais. Somos únicos.

Deus formou o mundo por meio da palavra: Haja... e houve. No entanto, quando criou o homem, colocou nele uma porção de si mesmo: À imagem de Deus o criou; homem e mulher os criou (Gênesis 1.27). Soprou em suas narinas o fôlego da vida (Gênesis 2.7 – A Mensagem). Em Gênesis 2.9, lemos que o Senhor fez brotar todo tipo de árvore no Éden: E também a árvore da vida no meio do jardim e a árvore do conhecimento do bem e do mal. Deus disse que o homem poderia se alimentar de todas, exceto da árvore do conhecimento do bem e do mal, pois, se dela comesse, morreria (Gênesis 2.16-17).

O homem e a mulher desobedeceram a Deus, foram separados do Pai e esconderam-se. A partir desse momento eles se perderam e já não se viam como imagem e semelhança de Deus. O pecado fez com que toda a descendência humana assumisse falsas identidades. Perdemos nossa essência, nossa referência. Sobrou o vazio interior que, desde então, a humanidade busca preencher.

Jacó foi um homem escolhido por Deus. Herdeiro da natureza pecaminosa, enganou seu pai, roubando de Esaú o direito e a bênção da primogenitura. Fugiu para não ser morto pelo irmão. Depois de muitos anos, quando regressava para a sua terra, teve um encontro com Deus, lutou com ele e foi vencido. Esse episódio foi um divisor de águas para Jacó, que desligou-se de suas falsas identidades e foi marcado pelo Deus verdadeiro. Recebeu um novo nome: Israel. E se tornou o pai de uma grande nação.

Jesus era judeu e, portanto, descendente de Israel. Certa vez, parou para descansar próximo à fonte de Jacó, que abasteceu muitas gerações. Pediu água para uma samaritana. A mulher ficou espantada, pois: Jesus era homem e judeu; e ela, além de mulher, era samaritana (duplamente discriminada na época). Carregava muitos rótulos. Jesus lhe ofereceu a água viva, da qual Jacó também experimentou: Aquele, porém, que beber da água que eu lhe der nunca mais terá sede; pelo contrário, a água que eu lhe der será nele uma fonte a jorrar para a vida eterna (João 4.14). Ela encontrou em Cristo sua verdadeira identidade.

Quem tem o Filho, tem a vida (1 João 5.12). Somente em Cristo, recebemos nossa verdadeira identidade: filho de Deus. Mas, a todos quantos o receberam, deu-lhes o poder de serem feitos filhos de Deus, a saber, aos que creem no seu nome (João 1.12).

*Este texto foi publicado no livro (DES)LIGUE, organizado por Rodolfo Montosa para servir de roteiro para campanha de jejum e oração. O livro pode ser adquirido em Multiplicação da Palavra. 


domingo, 12 de maio de 2019

Mãe




Por Vanessa Sene Cardoso

Recebi um post hoje de manhã que diz: “A vida não vem com manual, vem com uma mãe”. Não sei quem é o autor dessa frase. Achei interessante! Concordo, em parte, porque pai e mãe são instrumentos de Deus para gerar e conceber a vida que vem dele. Mas o foco do texto de hoje não é esse. Quero falar de mãe. Mãe, para mim, é sinônimo da “minha mãe”.

Incrível, mas há tanto para falar dela e, ao mesmo tempo, me fogem as palavras. Vamos lá! Dedicação, doação, serviço, delicadeza, carinho, generosidade, desprendimento, prioridades, criatividade, beleza, inteligência, sabedoria, inspiração, excelência, admiração, aconchego, cuidado, firmeza, sensibilidade, colo, exemplo, presença, AMOR... Chego à conclusão de que nenhuma palavra é suficiente para traduzir, nem expressar o que ela representa e o seu significado em minha vida. Por isso, vou parando por aqui, agradecida a Deus pela mãe que ele me deu. E a você, mãe, todo meu respeito e gratidão!

Parabéns a todas as mães!


domingo, 7 de abril de 2019

Dia do Jornalista



Foto publicada no Jornal de Londrina em 31.05.2000


Por Vanessa Sene Cardoso


7 de abril: Dia do Jornalista. A data foi instituída em 1931, por decisão da Associação Brasileira de Imprensa (ABI), como homenagem ao médico e jornalista Giovanni Battista Líbero Badaró, morto por inimigos políticos em 1830. Ele fazia oposição ao imperador D. Pedro I.

Como minha história no jornalismo começou...

Dos 16 para os 17 anos, época em que me preparava para o vestibular, confesso que, como muitos adolescentes, tinha dúvidas sobre a profissão que escolheria para a vida adulta. Sabia apenas, por eliminatória, que seria na área de ciências humanas. Uma amiga me convidou: "Vamos fazer comunicação social!" Sem saber muito bem do que se tratava, pensei, perguntei para Deus e decidi. Fiz a inscrição para o vestibular da Universidade Estadual de Londrina para o curso de Comunicação Social - Jornalismo. 

Até então, minha decisão tinha sido tomada por uma convicção subjetiva, pois não tinha conhecimento e vivência sobre o que era e quais as implicações de ser uma jornalista. No primeiro dia de aula tive contato com os colegas; um mundo novo se abria à minha frente e veio a primeira decepção: “Você tem cara de quem faz odontologia”. Esse comentário de um colega, além de me chatear, me fez refletir: Que cara tem um jornalista?

Percebi que eu não me encaixava muito bem no estereótipo do estudante de jornalismo. Não era “bicho-grilo”; não era engajada em movimentos estudantis; por causa da timidez, tinha dificuldade de me expressar em público. Ou seja, na minha visão imatura e distorcida, jamais poderia seguir nessa profissão. Durante os anos de faculdade, enfrentei algumas crises internas e externas. Certa vez uma professora me questionou: “Você tem certeza que quer ser jornalista? Só não desisti do curso porque dentro de mim havia a certeza de que tinha feito a escolha certa, embora não soubesse muito bem onde isso ia dar. Em nenhum momento assumi a posição de vítima, pois os confrontos me fizeram enxergar que precisava crescer, me desenvolver. Foi um tempo de muito aprendizado na área acadêmica, mas, principalmente, na vida pessoal.

Terminei o curso, e alguns dias antes da formatura, estava em casa e, olhando através da janela, não consegui conter as lágrimas. O que vai ser daqui para a frente?

Deus foi muito bom comigo e as portas foram se abrindo, fui enfrentando os desafios, vencendo a insegurança, me aperfeiçoando, ganhando experiência. A cada erro ou fracasso, quando pensava em desistir, ouvia do meu pai: “Só erra quem faz”. Essa afirmação me acompanha ao longo de todos esses anos. Trabalhei em rádio, como redatora e editora; como repórter de TV; produção de matérias para jornais e revistas; produção e gerenciamento de conteúdo para internet; assessoria de imprensa; assessoria de comunicação; escrevi um livro; tenho projetos em andamento; e o meu Blog Limoeiro, onde planto minhas ideias.

O jornalista é um profissional que transforma fato em notícia. Suas ideias são codificadas pelas palavras (escrita e oral), imagens, sons, gestos. Na faculdade fui ensinada que o jornalista deve ser imparcial; na prática aprendi que esse conceito não se sustenta. O simples fato de existir a função de editor já derruba por terra a imparcialidade. Dependendo da ótica, histórico, cultura, crenças e filosofia de vida do profissional, a verdade pode acabar se tornando uma versão. É claro que a ética pessoal e profissional nos faz buscar uma aproximação com a verdade dos fatos.

Hoje, três décadas depois de tomar uma das decisões mais importantes da minha vida, não me arrependo. A convicção que na época era subjetiva, com o passar do tempo, se tornou objetiva no exercício da profissão. Tenho um longo caminho pela frente de aprendizado, novas descobertas, mas de uma coisa estou certa: Se tivesse que escolher uma profissão hoje seria o jornalismo.

Ah! Minha amiga que sugeriu o Curso de Comunicação Social foi fazer Direito.

Aos meus colegas de profissão, a minha homenagem. Feliz Dia do Jornalista!

sábado, 9 de fevereiro de 2019

Paixão pela leitura




Por Vanessa Sene Cardoso

Ler é uma das minhas grandes paixões. Já me perguntaram o tipo de leitura que eu mais gosto. Ao longo dos anos, li vários estilos e autores.  Mesmo na era digital, aprecio revistas e jornais impressos também. Mas depois de refletir, cheguei à conclusão que, simplesmente, gosto de ler. O ato da leitura é prazeroso para mim, independentemente, do formato e do gênero literário.

Além do conteúdo, gosto de observar a estrutura do texto, perceber as emoções, e o que mais o autor, por meio da linguagem e das palavras, quis transmitir ao leitor.  Para mim, o livro é vivo, não se trata apenas de um recipiente de arquivar palavras estruturadas em  texto. É mais, muito mais...

Abrir um livro é entrar por uma porta que leva a um mundo novo, cheio de descobertas, onde são ativados a curiosidade, a crítica, a empatia, os sentidos, diversas emoções, até mesmo a indiferença e o tédio.

Quem é apaixonado pela leitura sabe do que estou falando. E quando a gente gosta muito de algo, isso acaba nos atraindo a outras pessoas que compartilham do mesmo interesse. Foi o que aconteceu em 2010, quando formamos o nosso Clube do Livro. Atualmente somos em seis mulheres. O nosso clube funciona assim: todas as integrantes sugerem livros, montamos uma lista para o ano; lemos o mesmo título ao mesmo tempo. Nos reunimos a cada dois meses para um bate-papo sobre o livro e outros assuntos.

Nosso Clube do Livro está entrando no décimo ano. Tem sido uma ótima experiência! Fica a dica para você que aprecia a leitura. Que tal reunir um grupo para compartilhar essa paixão?!