sábado, 28 de julho de 2018

Amor por Londrina



Por Vanessa Sene Cardoso
Fui fotografada por meu irmão Eduardo Sene Cardoso

Aos cinco anos deixei minha terra natal, Cornélio Procópio, no Paraná. Devido ao trabalho do meu pai, durante a minha infância, nossa família morou em quatro cidades. Todas têm um significado especial, fazem parte da minha história e deixaram lembranças marcantes para o resto da vida.

A cada mudança, como é natural, passava pelo período de adaptação, e as cidades onde morei, embora todas no Brasil, tinham costumes e culturas muito diferentes. Na escola, eu era quase sempre a novata da turma; os colegas de classe, na sua maioria, já se conheciam, tinham laços entre si, pois tinham passado a vida toda na mesma cidade. Depois de um tempo, quando já estava adaptada e tinha construído amizades, era surpreendida pela notícia: vamos mudar.

Nessa primeira fase de vida, um dos meus sonhos era criar raízes em uma cidade, sentir que pertencia àquele lugar. Deus conhecia o desejo do meu coração. E ele é poderoso para fazer infinitamente mais do que tudo quanto pedimos ou pensamos (Efésios 3.20), segundo a sua vontade, é claro! Pois tem o melhor para seus filhos e filhas. Não sabíamos, mas isso estava nos planos de Deus para nossa família...

No dia 28 de julho de 1988 mal sabia que essa data marcava o início da concretização do meu sonho de infância nos mudamos para Londrina. Já era adolescente. Desde o primeiro momento senti como se estivesse voltando para casa. Eita cidade acolhedora! Conheço muitas pessoas que vieram para cursar a universidade e acabaram ficando por aqui. Na maioria das vezes, o discurso é uníssono: “me considero cidadão londrinense”. Faço parte dessa turma!

Sou londrinense de coração! Já passei bem mais da metade da minha vida nessa terra roxa, vermelha... colorida. É isso! Londrina é uma cidade de contrastes, começando pelas cores. Quem já observou o céu no fim de tarde sabe do que estou falando: o matiz é fantástico! A paisagem é linda. O lago Igapó, ainda que artificial, cortando nossa “pequena metrópole”, traz vida em meio à “selva de pedra”. O cenário rural, o café, as perobas majestosas, a vegetação, os ipês e manacás que vestem as ruas por onde passamos apressadamente, nosso clima, manifestações e produções artísticas... Temos aqui também um caldeirão cultural. Pioneiros de diferentes nacionalidades vieram para construir um local para viver. Somos herdeiros dessa diversidade que faz de Londrina uma cidade aberta e receptiva aos “estrangeiros” e “peregrinos”.

A pequena Londres cresceu rápido, é um polo no norte do Paraná, mas não perdeu as características de uma cidade interiorana. As pessoas se conhecem, se encontram no mercado, no shopping, no calçadão, no Zerão, no cinema, na feira da Lua, nas praças...

Aqui ganhei muitos amigos! Tesouro inestimável e inesgotável!

Poderia escrever páginas e páginas sobre essa cidade, mas sou suspeita para falar. Talvez para alguns essas palavras não correspondam à realidade. Pode parecer exagero! Não importa, neste momento a emoção é a razão da minha expressão.

Embora as palavras sejam recursos eficientes para expressar o que sentimos e pensamos, muitas vezes não conseguem fazê-lo. Termino esse texto com os olhos marejados, a voz embargada, e o coração cheio de contentamento e gratidão a Deus por essas três décadas vivendo aqui. Sou pé-vermelho!

Essa é minha declaração de amor por Londrina!











sábado, 7 de julho de 2018

Vida e Morte: qual o significado?




Por Vanessa Sene Cardoso

O que mais tem valor para você? Vamos lá! Como é algo para meditar, seja sincero consigo mesmo, pois ninguém vai saber o que se passa no seu íntimo, apenas Deus, que já sabe, mesmo que insista em não falar para ele. Algumas possibilidades para estimular a sua reflexão: seus filhos, filhas, esposo, esposa, outras pessoas que você ama; seus bens materiais; seu conhecimento intelectual; situações e atividades que lhe proporcionam prazer... Sinta-se à vontade para acrescentar algo pessoal nessa lista. Identificou o que tem valor? Pois bem, se você não estiver vivo, tudo isso perde o valor, certo? Acho que chegamos a um ponto de convergência de que se não houver vida, as demais coisas perdem o sentido.

Creio que a vida é o maior valor para o ser humano. Fazemos de tudo - às vezes não da melhor maneira - para preservá-la. Mas você pode estar se perguntando: E as pessoas enfermas que estão sofrendo e preferem a morte? E aqueles que pensam em tirar a vida? Válida reflexão! A vida humana é criação de Deus e uma dádiva, mas quando o homem pecou houve a separação do Pai, o Eterno, e a morte entrou no mundo, ou seja, o ser humano passou a ser um “morto-vivo” (Gênesis 2.17). O texto de Gênesis 3 nos mostra que o homem trocou a árvore da vida (Cristo) pela árvore do conhecimento do bem e do mal (morte, separação).

A vida sem Deus é incompleta, é uma ilusão, é morte. Se você percebeu que está morto, ou sente-se morto, não desanime! Vamos reavivar nossa memória?! Deus, que é um Pai amoroso, planejou uma solução para nossa condição humana: a morte e a ressurreição de seu Filho Jesus Cristo. Jesus se tornou pecado em nosso lugar, e ressuscitou para que, por meio dele, fôssemos reconciliados com Deus passando a ter vida verdadeira e eterna. E o testemunho é este: que Deus nos deu a vida eterna; e esta vida está no seu Filho. Aquele que tem o Filho tem a vida; aquele que não tem o Filho de Deus não tem a vida (1 João 5.11-12). Essa afirmação deixa claro que a vida não é um estado e sim uma pessoa, Jesus Cristo.

Talvez, assim como Nicodemos, que era um mestre e conhecedor das Escrituras, você se pergunte: Como receber a Vida? Jesus responde dizendo que é necessário nascer de novo. Nicodemos perguntou: - Como é que um homem velho pode nascer de novo? Será que ele pode voltar para a barriga da sua mãe e nascer outra vez? Jesus disse a ele: – Quem nasce de pais humanos é um ser de natureza humana; quem nasce do Espírito é um ser de natureza espiritual (João 3.4, 6 - NTLH). É preciso nascer do Espírito para ter a vida eterna. O apóstolo Paulo em Romanos 10.9-10 nos orienta como devemos proceder: Se, com a tua boca, confessares Jesus como Senhor e, em teu coração, creres que Deus o ressuscitou dentre os mortos, serás salvo. Porque com o coração se crê para a justiça e com a boca se confessa a respeito da salvação. Quando recebemos a vida de Cristo, nos tornamos filhos de Deus e temos uma nova natureza, o mesmo DNA de Jesus, ele está em nós e nos tornamos um com o Pai, o Filho e o Espírito Santo (João 17.21).

Em João 11.25 Jesus se identifica como “A ressurreição e a vida”: Eu sou a ressurreição e a vida. Quem crê em mim, ainda que morra viverá. Esse nome reflete a sua essência. Se estamos em Cristo também temos a verdadeira vida. A morte foi derrotada de uma vez por todas, ela não nos assombra mais, seu sentido passa a ser outro, assim como a vida ganha novo significado para nós. E podemos fazer coro com o apóstolo Paulo: Para mim, o viver é Cristo, e o morrer é lucro (Filipenses 1.21).


Para refletir:

Deus escolheu enviar Jesus ao mundo para nos dar vida verdadeira e eterna. A iniciativa foi dele e não nossa. Você já recebeu ou quer receber a vida de Cristo em você?

E, se o Espírito daquele que ressuscitou Jesus dentre os mortos habita em vocês, aquele que ressuscitou a Cristo dentre os mortos também dará vida a seus corpos mortais, por meio do seu Espírito, que habita em vocês (Romanos 8.11 – NVI).