Por Vanessa Sene Cardoso
Você tem algum objeto de estimação? Algo que gosta muito e que, mesmo que não tenha valor material, é precioso para você? Pois bem, eu tenho alguns objetos que são significativos porque me lembram de pessoas, de lugares e outros, simplesmente, porque eu gosto sem motivo algum. Vou falar sobre um deles. É uma presilhinha muito pequena, alguns conhecem como piranha (veja a foto no fim do texto).
Durante uma época, sempre que chegava
em casa, usava para prender minha franja. Era um hábito. Eu tenho outras semelhantes,
mas, em casa, aquela era a minha escolhida. Acho que, subconscientemente,
associava ao conforto do lar. Ao guardá-la em algum lugar que não era de
costume, podia até esquecer onde estava, mas logo dava um estalo na mente.
Nunca havia perdido.
Certa vez, fui pegar a presilha e
não estava no recipiente onde eu guardava. Procurei em vários lugares, sem sucesso.
Pensei: “Devo ter colocado no bolso da calça, o que fazia de vez em quando, e
na hora de lavar deve ter caído... Enfim, também não é para tanto, tenho outras
presilhas, deixa pra lá”. Mas confesso que fiquei chateada.
Passados alguns dias – já tinha
dado como perdida a presilha – quando limpava a casa, fui passar pano no chão
da área de serviço e, num cantinho, um pequeno objeto preto atraiu meu olhar. Me
aproximei para ver melhor. Não consegui conter as lágrimas... Você pode estar
pensando: “Quanto drama! Há tanto motivo relevante para chorar!”
A presilha não foi o motivo das
minhas lágrimas. Quando vi aquele insignificante objeto no chão, que já não
imaginava encontrar mais, Deus me disse: “Eu cuido de você nos mínimos detalhes”.
Ele usou uma situação cotidiana, até mesmo sem muita importância, para demonstrar
mais uma vez o seu amor por mim. O foco não era a presilha, mas o cuidado do
meu Pai. Foi uma experiência muito legal! Daquelas que um relacionamento íntimo
proporciona. Uau!
Lembrei-me de uma parábola contada
por Jesus (Lucas 15. 8-10 – NTLH):
— Se uma mulher que tem dez moedas de prata perder uma, vai procurá-la,
não é? Ela acende uma lamparina, varre a casa e procura com muito cuidado até
achá-la. E, quando a encontra, convida as amigas e vizinhas e diz: “Alegrem-se
comigo porque achei a minha moeda perdida.”
A moeda mencionada por Jesus somos
nós quando estamos separados do nosso Criador. No versículo 10, lemos que há
alegria quando aquele que está perdido se volta para Deus. O Natal se aproxima.
Jesus veio ao mundo com o propósito de nos encontrar, de dar vida aos que estão
mortos. Por meio dele somos religados ao Pai. E, consequentemente, temos a vida
eterna com Deus.
O relacionamento com Deus, nosso
Pai, é o bem mais precioso que podemos ter. A partir disso, temos uma nova
perspectiva sobre o valor da nossa própria vida, das pessoas que nos cercam.
Talvez você esteja à procura de algo que preencha o seu vazio existencial. Quem sabe não tenha chegado o momento de deixar-se encontrar?! Experimente!!
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