sexta-feira, 30 de agosto de 2024

Quem te conhece?

Por Vanessa Sene Cardoso 

Recentemente, fui convidada pelo meu marido para fotografar o trabalho dele em um evento. Ah! Para quem não sabe, ele é DJ e trabalha com som e iluminação para eventos sociais e corporativos.

Um dia antes do evento...

— Vamos comigo! Seu nome está na lista de convidados, inclusive — ele me comunicou. — É uma festa à fantasia. SOCORRO! Eu tinha menos de 24 horas para arrumar um traje.

Pensei em algumas possibilidades, até que lembrei de pedir ajuda para uma amiga, que trabalha com teatro e tem uma vasta coleção de figurinos. 

— Claro que empresto! — disse com a maior prontidão.

Depois de olhar várias possibilidades no camarim, já estava quase desistindo, quando olhei uma bata no cabide. É a minha cara, pensei.

Me arrumei, fomos para o evento. 

— Que tal? — perguntei para meu marido. Ele riu e disse que eu estava fantasiada de mim mesma. Só esclarecendo: hippie.

Publiquei uma foto minha no instagram. Alguns amigos comentaram, e quando falei do que se tratava o evento, todos disseram: não percebi que você estava fantasiada. Achei interessante, porque as pessoas da minha convivência conhecem meu gosto alternativo, o estilo de vestuário.

Esse episódio me fez refletir como é bom ter relacionamentos nos quais nos deixamos conhecer e nos propomos a conhecer o outro. Em tempos de tanto individualismo, quando as pessoas vivem o paradoxo da exposição nas redes sociais, ao mesmo tempo que cultivam relações superficiais e sem intimidade, vale a pena investir e aprofundar os relacionamentos em família, com amigos.




sexta-feira, 9 de agosto de 2024

A linguagem




Por Vanessa Sene Cardoso

“Li certa vez que é impossível ter lembranças de antes da idade em que a linguagem começa a se desenvolver de verdade. Parece que precisamos de palavras para traduzir nossas experiências e, se as lembranças não forem linguisticamente codificadas, tornam-se irrecuperáveis. Ficam perdidas nas nossas mentes”. (trecho do livro O peso de nossos nomes, de Emily Giffin) 

Quando li esse trecho do livro, ele fez bastante sentido, pois a linguagem é a forma que usamos para traduzir os pensamentos, as experiências, emoções, fatos. As lembranças mais claras que tenho são a partir dos meus cinco anos de idade. Nessa fase da infância já começamos a ter um repertório de referências que nos permitem entender as coisas. As diversas formas de linguagem nos ajudam a elaborar o que acontece com a gente.

Sempre que sinto o cheiro de uma determinada planta, que até hoje não descobri qual é, me vem à memória momentos da minha infância, quando eu passava férias na casa da minha avó. É uma sensação muito gostosa. Em contrapartida, durante um período da minha vida, sempre que chegava o outono, os fins de tarde da estação despertavam em mim uma certa melancolia, e eu não sabia o porquê, até que descobri que o motivo era uma situação muito difícil que passei nesse período do ano. Depois que resolvi a situação, nunca mais associei as tardes de outono ao momento triste pelo qual passei.

A linguagem é essencial para uma comunicação eficaz. O bom uso dessa ferramenta torna a interlocução eficiente. Você tem obtido sucesso na sua comunicação. Deixe um comentário!