Por Vanessa Sene Cardoso
Recentemente, fui convidada
pelo meu marido para fotografar o trabalho dele em um evento. Ah! Para quem não
sabe, ele é DJ e trabalha com som e iluminação para eventos sociais e
corporativos.
Um dia antes do evento...
— Vamos comigo! Seu nome está na lista de convidados, inclusive — ele me comunicou. — É uma festa à fantasia. SOCORRO! Eu tinha menos de 24 horas para arrumar um traje.
Pensei em algumas possibilidades, até que lembrei de pedir ajuda para uma amiga, que trabalha com teatro e tem uma vasta coleção de figurinos.
— Claro que empresto! — disse com a maior prontidão.
Depois de olhar várias possibilidades no camarim, já estava quase desistindo, quando olhei uma bata no cabide. É a minha cara, pensei.
Me arrumei, fomos para o evento.
— Que tal? — perguntei para meu marido. Ele riu e disse que eu estava fantasiada de mim mesma. Só esclarecendo: hippie.
Publiquei uma foto minha no instagram. Alguns amigos comentaram, e quando falei do que se tratava o evento, todos disseram: não percebi que você estava fantasiada. Achei interessante, porque as pessoas da minha convivência conhecem meu gosto alternativo, o estilo de vestuário.
Esse episódio me fez refletir
como é bom ter relacionamentos nos quais nos deixamos conhecer e nos propomos a
conhecer o outro. Em tempos de tanto individualismo, quando as pessoas vivem o
paradoxo da exposição nas redes sociais, ao mesmo tempo que cultivam relações
superficiais e sem intimidade, vale a pena investir e aprofundar os
relacionamentos em família, com amigos.
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